RANKING 2025: As 190 maiores empresas de Engenharia faturaram R$ 143,81 bilhões em 2024

RANKING 2025: As 190 maiores empresas de Engenharia faturaram R$ 143,81 bilhões em 2024

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Nesta edição da pesquisa exclusiva pela revista O Empreiteiro, fica claro que as atividades de Engenharia estão refletindo o sucesso das concessões de Infraestrutura em atrair capital privado. Ao atingir R$ 143,81 bilhões no ano de 2024, a soma da faturamento bruto das 190 maiores empresas de Engenharia agrupadas em quatro setores, comprovado em balanço contábil publicado – Construtoras, Projetistas e Gerenciadoras, Montagem Industrial e Serviços Especiais de Engenharia—somadas, acumulam alta contínua de 147,41% no período de sete anos, de 2018 a 2024, sinalizando claramente o êxito dos governos federal e estaduais em atrair o capital privado para as concessões de serviços de Infraestrutura, gerando programas robustos de novas obras em rodovias, ferrovias, saneamento, metrô, energia, etc. É de se lamentar que a capacidade de investimento público tenha se reduzido no período, deixando de atuar com indutor do capital privado que ingressava, além do quadro fiscal deteriorado.

No relatório do IBGE sobre o PIB do País no 2º trimestre de 2025, é possível deduzir que o crescimento anual ficará limitado a 2,19%. As previsões até 2028 permanecem em torno de 2% de avanço anual no PIB. Quanto `a taxa de investimento com relação ao PIB, o relatório indica 16,8%, comparado a 21,1% nos idos de 2013.

O economista Roberto Macedo apontou na sua análise publicado no jornal O Estado de S.Paulo,
“que para o Brasil atingir taxas de crescimento maiores, os investimentos precisariam se manter em cerca de 25% do PIB.

Macedo indica que no período de 1947 a 1980, a taxa anual do PIB variava de 5% a 10%, e a partir daí, caiu para a faixa entre 0% a 5%, com taxas negativas até em alguns anos. No gráfico do investimento público, a curva elevou-se de 3% do PIB em 1947 até 10% em 1977, quando reduziu- se até 3% do PIB em 2024. No gráfico sobre investimento privado, a curva estava perto de 10% do PIB em 1947, passando a crescer a partir de 1971 até o pico de 20% em 1989, mas cai em seguida em anos sucessivos para meros 14%. Esses gráficos são do Ibre-FGV. O economista acredita que os investimentos privados teriam crescido mais se tivessem recebido incentivo através de maiores investimentos públicos, o que não ocorreu.

CONSTRUTORAS FATURARAM R$82,60 BILHÕES

As 100 construtoras com maior receita bruta totalizaram R$ 82.609 milhões na venda de serviços em 2024, com 10,88% de alta sobre o ano anterior, o que acumula uma expansão de 126 % desde 2018. Pela série histórica mostrada no gráfico, 2018 marca o início da recuperação dos quatro setores de Engenharia, saindo da crise que teve início por volta de 2012.

Oito construtoras tiveram mais de 100% de crescimento na receita bruta: Construpower, Vertin
Engenharia, LM Construtora, J2R Engenharia, Codrasa, Teccon, Serveng e Construtora Elevação. Treze outras registraram avanço de +50% no faturamento bruto.

As 25 construtoras no topo do ranking setorial apresentam receita bruta na faixa de R$ 5 bilhões
a R$ 1,1 bilhões nesse grupo liderado pela OEC, seguido por 2.Acciona, 3.Obrascon Huarte Lain-OHL, 4.LCM Construção, 5.Construtora Barbosa Mello e 6.Construcap;

O bloco seguinte tem faturamento entre R$ 1,9 bilhões e R$1,7 bilhão e é composto por 7.EGTC ,Infra, 8.Empresa Construtora Brasil, 9.Racional Engenharia, 10.Alya Construtora, 11.Grupo A.Yoshii, 12.Agis Construção, 13.Afonso França Engenharia;

O grupo que segue teve receita bruta de R$1,5 bilhão a R$1,1 bilhão e abrange 14.Grupo HTB, 15.Lucena Infraestrutura, 16.Grupo Monto, 17.U&M, 18.Fagundes Construções, 19. Terracom, 20.Castilho Engenharia, 21.Construtora Marquise, 22.Ápia, 23.Passarelli, 24.Ribeiro Caram e 25.Jota Ele Construções.

O ranking regional do Sudeste, excluindo São Paulo, traz 28 construtoras, despontando as cinco maiores em receita bruta de 2024: Construtora Aterpa, R&D Mineração, Cimcop e Infracon.

O ranking de São Paulo tem 54 construtoras, destacando Engeform, Constroeste, Rio Verde Engenharia, FBS Construtora e Libercon como as cinco primeiras.

O ranking da região Sul compõe-se de 17 construtora, apresentando as cinco maiores em faturamento: Elastri Engenharia, GEL Engenharia, Construtora Elevação, CRASA Infraestrutura e Cesbe.

O ranking do Norte e Nordeste é representado por 7 construtoras, sendo as duas primeiras Cosampa Construções e a Dois A Engenharia. A região Norte participa com A&L Engenharia e Carmona Cabrera Construtora.

O ranking do Centro Oeste conta com 4 empresas de construção, liderado por CCB Construtora, e destacando a Teccon que obteve alta de 142% na receita bruta de 2024.

MONTAGEM INDUSTRIAL ATINGIU R$14,88 BILHÕES

As 20 maiores empresas de montagem industrial registraram avanço de 6,31% na receita bruta conjunta de 2024, somando 146 % desde 2018. Seis delas alcançaram receita bruta entre R$ 2 bilhões e R$ 1 bilhão: TSE, CBSI, Kaefer Brasil, MIP Engenharia, Telemont e Milplan Engenharia.

O grupo seguinte tem faturamento bruto entre R$ 900 milhões e cerca de R$ 500 milhões, no qual figuram Enesa Engenharia, MPE Engenharia, Alfa Engenharia, Real Estruturas, Temon Técnica e Montcalm Montagens Industriais.

Outras 8 empresas de montagem industrial completam o ranking das 20 maiores desse setor: GTEL Grupo Técnico de Eletromecanica, Planem Engenharia, Vision Engenharia, Tenenge, Rede Montagens, Engetecnica, Hersa e Engecampo. A tabela de variação de receita bruta entre 2023/2024 mostra índices que vão de 2 57% a 23%.

PROJETISTAS E GERENCIADORAS TIVERAM RECEITA BRUTA DE R$ 12,02 BILHÕES

As 40 maiores projetistas e gerenciadoras melhoraram o faturamento bruto conjunto em 8,22% em 2024, acumulando 74 % a partir do ano de referência de 2018. As cinco primeiras desse ranking faturaram de R$1,7 bilhão a R$650 milhões: Progen, Concremat, Infotec, Timenow e Arcadis Logos.

As cinco projetistas seguintes tiveram receita de cerca de R$500 milhões a R$300 milhões, figurando nesse grupo: MCA Auditoria e Gerenciamento, Araxá Engenharia, Afry, TPF Engenharia e Intertechne Consultores.

O grupo que fecha as 15 maiores do setor de consultoria atingiu faturamento de R$300 milhões a R$200 milhões, com a participação da Egis, Qualidados Engenharia, Nova Engevix, Tractebel Engineering e Reta Engenharia. A maior variação positiva de receita bruta deste grupo foi de 55% (Qualidados).

O ranking do Sudeste e Centro-Oeste conta com 16 projetistas, ficando nas duas primeiras posições Grupo Sereng e Grupo Houer, que obtiveram receita bruta respectiva de R$199 milhões e R$170 milhões no ano de 2024.

O ranking de S.Paulo lista 42 projetistas, com quatro delas com faturamento acima de R$200 milhões: LBR Engenharia, Promon Engenharia, Cobrape e Systra Brasil.

O ranking do Sul soma 10 projetistas, com quatro delas apresentando receita entre R$200 milhões e R$100 milhões: STE Serviços Técnicos de Engenharia, Prosul, Engefoto e Energia Serviços Eletricos.

O ranking de projetistas do Norte e Nordeste traz 10 empresas, tendo as duas primeiras receita acima de R$100 milhões: Kempetro Engenharia e Engeconsult.

SERVIÇOS ESPECIAIS DE ENGENHARIA ALCANÇARAM R$34,29 BILHÕES

Esse segmento registrou avanço de 35,30% na receita bruta conjunta das 30 maiores empresas de atividades distintas, com destaque para tratamento de resíduos sólidos urbanos, engenharia ambiental, geotecnia e fundações. No período desde 2018, a alta acumulada chega a 297 %.

A consolidação das atividades da Ambipar e sua inserção no ranking desde 2022 colocou o faturamento setorial noutro patamar. A isso se soma a expansão expressiva das empresas dedicadas a tratamento
de resíduos urbanos em diversas regiões, bem como a demanda pelos serviços de engenharia ambiental, que inclui a recuperação de áreas industriais contaminadas.

Geotecnia expandiu sua atuação, em especial nas regiões que sofreram acidentes com barragens de rejeitos de mineração e a subsequente demanda por medidas de reforço de estruturas em estado de risco.

Fundações foi um segmento aquecido pela construção imobiliária, que registrou altos volumes de obras em numerosas cidades do País, com destaque para o programa MCMV-Minha Casa Minha Vida e o segmento habitacional de alto luxo.

Das 10 maiores empresas desse setor, 7 operam em engenharia ambiental e tratamento de resíduos urbanos: Ambipar, Solvi Essencis Ambiental, Vital Engenharia, Revita Engenharia, Ecourbis e Orizon. Fazem parte do grupo ainda Kinspan Isoeste, de edificações pre-fabricadas; Mills, de locação de equipamentos; Brametal, de estruturas metálicas; EQS Engenharia, de manutenção industrial.


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