140 mil visitantes registrados marcam um novo recorde e sinalizam que o mercado mundial de obras e equipamentos aposta no crescimento
Joseph Young – Las Vegas (USA)
Marcas globais reiteram seus compromissos com o mercado brasileiro e dos países da America Latina – região que registra demanda crescente e que teve numero recorde de visitantes na exposição de Las Vegas
Nas coletivas concedidas pelos presidentes das principais marcas globais na CONEXPO-CON/AGG, realizado entre 22 e 26 de março passado em Las Vegas, EUA , a tônica foi a força dos países emergentes na retomada da economia mundial, especialmente os que formam o BRIC. Como a expansão em dois dígitos das economias da China e Índia dominou o noticiário nos anos recentes e a Rússia ensaia ainda uma lenta retomada, eles destacaram o crescimento sólido do Brasil e da América do Sul.
Esses fabricantes globais reforçaram sua disposição de expandir a produção local de equipamentos, além de diversificá-la em termos de modelos, e ampliar a importação de outras famílias de máquinas ao Brasil e países da América Latina, além da China, Índia e Rússia. Alguns deles, inclusive da Coréia e China, programam instalar a primeira fábrica no território brasileiro.
Superando décadas de omissão na melhoria da infraestrutura, os governos na América Latina estão tocando uma série de obras expressivas de transporte, energia e saneamento. As marcas globais acreditam que os exemplos da China e da Coréia do Sul vão prevalecer no continente – com a melhoria do nível de renda, a população vai pressionar o governo para modernizar a infraestrutura. Esta, sendo mais eficiente, vai impulsionar o crescimento econômico sustentando um circulo virtuoso, a despeito dos problemas da valorização da moeda local e da inflação. O Brasil é um exemplo lembrado entre as economias emergentes. Não é possível ter crescimento sustentado sem uma moeda valorizada e a ameaça da inflação. O desafio é manter um equilíbrio relativo nessas três frentes.
O mercado global de commodities minerais e alimentícios engrenou um novo ciclo de alta, favorecendo a balança comercial dos países exportadores como Brasil, Chile e Colômbia. A melhoria do padrão de vida nos países da América Latina como decorrência é um processo que deve prosseguir nos próximos anos, pressionando pela modernização da infraestrutura, porque as carências ainda são enormes.
Apos o estouro da bolha imobiliária, os EUA dão sinais de retomada, embora sua consistência precise ser monitorada nos meses vindouros. As locadoras de equipamentos locais colocaram pedidos substanciais de compras junto aos fabricantes no 1o trimestre do ano-um fato auspicioso após a forte contração do mercado americano de máquinas, onde elas representam uma poderosa e tradicional demanda.
As principais marcas globais anunciaram a fabricação no Brasil de novas linhas e a importação de novas famílias de máquinas:
Case vai lançar a nova série F de carregadeiras de rodas e nova linha de skid-steers introduzidos na Conexpo;
New Holland estuda a produção em Contagem, MG, de três modelos de escavadeiras hidráulicas;
JCB, que constrói a segunda fábrica em Sorocaba, SP, vai produzir escavadeiras, além da retro;
Terex, que ergue uma nova fábrica em Guaíba, RS, para equipamentos de pavimentação e usinas de asfalto, pode abrir espaço para modelos da linha de britagem Powerscreen; outro destaque são os equipamentos compactos a serem importados;
Volvo amplia sua fábrica em Pederneiras, SP, onde vai fabricar escavadeiras hidráulicas, ao lado de carregadeiras e caminhões articulados;
Caterpillar, que anunciou uma segunda fábrica no Paraná, produzirá em Piracicaba, SP, a linha M série 2 de motoniveladoras de padrão mundial, lançada na Conexpo;
Liebherr, que produz escavadeiras em Guaratinguetá, SP, inclusive um modelo mundial de 300 t de peso, alám de carregadeira de rodas e betoneiras sobre caminhão, vai introduzir os tratores de esteiras de tração hidrostática no País;
Wirtgen vai trazer novos modelos de rolo compactador Hamm, fresadora de pavimento e a linha de britagem móvel Kleeman;
Bomag está em fase de tomar a decisão sobre a fábrica brasileira e amplia sua rede de distribuidores;
Sany, a presença mais impressionante na área externa da Conexpo, anunciou a aquisição de uma área de 500 mil m² em Jacareí, SP, para sua segunda unidade industrial(a primeira, de montagem CKD, está em S. José dos Campos)
Pode faltar escavadeiras?
Havia uma preocupação visível no ar durante a Conexpo, em Las Vegas, provocada pela paralisação das fábricas em diversas regiões do Japão, por causa do recente megaterremoto seguido de tsunami. É que a maioria das marcas americanas e européias de escavadeiras hidráulicas se abastecem de modelos pesados acima de 40 a 50t de fábricas localizadas no Japão. Havia receio de que pudesse vier a faltar máquinas e componentes hidráulicos produzidos no país.
Tecnologia embarcada volta ao primeiro plano
O corte radical de emissões pela regulamentação Tier 4 na Europa, EUA e Japão obriga os fabricantes a introduzir novas tecnologias, que conseguiram um feito antes dado como impossível– reduzir as emissões e ao mesmo tempo diminuir o consumo de combustível, elevando ainda a potência do motor e a produtividade das máquinas. Estas, entretanto, ficarão mais caras com a incorporação dessas tecnologias.
Além dessa regulamentação Tier 4 cujas duas etapas entram em vigor nos próximos anos, a alta recente do petróleo e a lenta recuperação das economias nos países industrializados, a crescente escassez de mão de obra treinada nas economias emergentes, formam um conjunto de fatores que recolocam a tecnologia embarcada em primeiro plano entre as principais marcas, que exibiram seus lançamentos em produtos e serviços na Conexpo-CON / AGG, em março passado, em Las Vegas.
Mantendo a tradição de ser a primeira empresa a divulgar os desenvolvimentos recentes, a Caterpillar reuniu a imprensa mundial especializada no hotel Caesar Palace, em Las Vegas, onde o Brasil foi representado pela revista O Empreiteiro, na véspera da abertura da Conexpo-CON / AGG. A empresa baseada em Peoria completa 85 anos de atividades e comemora a antecipação dos prazos de introdução das máquinas equipadas com motores que atendem a regulamentação Tier 4– estágios intermediário e final.
A marca encarou esse desafio tecnológico como uma oportunidade para obter ganhos substanciais no consumo de com
bustível e na produtividade das máquinas – ao mesmo tempo que atende à nova regulamentação sobre emissões. A eletrônica embarcada assume novas funções facilitadoras, tornando possível treinar em menor tempo operadores inexperientes em máquinas consideradas "difíceis" de operar, como motoniveladoras, motoscrapers autopropelidos e pavimentadoras. Isso atende a uma demanda crescente das construtoras em muitos países, onde a escassez de mão de obra treinada se agrava, como no Brasil.
A reducão no consumo de combustível propiciada pelos motores Tier 4 é bem vinda, diante da alta recente do petróleo provocada pela crise política nos países árabes, onde monarquias seculares e ditadores estao sendo sacudidos pela insatisfação popular. Mas todos esses ganhos tem um preço, que a Caterpillar já confirmou em cerca de 12% de aumento, dependendo do modelo de máquina, a ser escalonado em três anos. A empresa investiu volumosos recursos nessas novas tecnologias, como os motores ACERT, os dispositivos eletrônicos, e mais recentemente, nos sistemas de regeneração dos gases de exaustão.
O "revival" dos motoscrapers
Considerado ultrapassados nos duas décadas passadas, quando passaram a reinar as escavadeiras hidráulicas por sua versatilidade , os motoscrapers estão voltando com um pacote tecnológico que sustenta sua fama de equipamento competitivo para grandes projetos de terraplenagem, porque eles escavam e transportam a grandes distâncias, dispensando o uso de caminhões – o que reduz o custo por m³ e descongestiona os canteiros de obras.
A nova geração dos motoscrapers 621H, 631H e 641H na verdade compõem-se de modelos inteiramente reprojetados, cuja produtividade se explica pela eletrônica embarcada nos sistemas Sequence Assist, Load Assist e o Grade Control, que funcionando em conjunto, comandam todo o ciclo de carregamento do motoscraper, evitando inclusive o corte acima ou abaixo do greide fixado em projeto, e o retrabalho subsequente com custo adicional. Um operador inexperiente pode vir a obter uma produtividade parecida à de um veterano nestes scrapers, cuja produção comercial começa em agosto próximo.
Outra categoria de equipamento considerado de difícil operação é a motoniveladora, cuja linha M serie 2 ora lançada incorpora dois joysticks eletrônicos de múltiplas funções, que reduz 80% dos movimentos manuais típicos dos controles tradicionais. A máquina pode vir equipada na fábrica com Grade Control e o sistema automático para controlar a inclinação transversal do corte , monitorando diversos aspectos do trabalho executado, cumprindo os parâmetros ajustados inicialmente pelo operador. É o conceito de ajuste único — a ser seguido pela máquina por sua conta, valendo-se da eletrônica embarcada. Essa linha será produzida na fábrica de Piracicaba(SP) no Brasil, além de uma nova planta industrial nos EUA. São os modelos 140M2 e 160M2, mais versões de tração total.
A nova série das escavadeiras hidráulicas, 336E e 374D, de 36 t e 71t, utiliza o motor ACERT Tier 4 que gera mais potência e ao mesmo tempo reduz o consumo. Uma terceira bomba hidráulica dedicada ao giro melhora ainda mais os tempos de ciclo, além de circuito auxiliar para implementos instalado na fábrica, e o engate rápido para aproveitar os acessórios que o usuário já disponha.
Avanços no canteiro de obras conectado
A nova geração do Product Link da Caterpillar já vem instalado nas novas séries T de tratores de esteiras e das escavadeiras ,com um contrato de três anos de cortesia, utilizando sinal de satélite ou celular. O proprietário da frota vê a localização dos equipamentos pelo Google Map nos respectivos canteiros de obras, % de horas trabalhadas, em marcha lenta e horas paradas, consumo de combustível, alertas de panes, além de poder acionar o técnico do distribuidor se necessário e encomendar as peças on line, para adiantar a entrega. É a era do gerenciamento da frota em tempo real, com o proprietário "presente" o tempo todo, podendo intervir a qualquer momento se preciso.
Motoniveladora fabricada em Contagem
O grupo CNH participa da Conexpo com suas duas marcas-e uma motoniveladora 885B Case, de 200 HP, produzida na fábrica de Contagem , MG , ficou exposta na feira, lembrando aos visitantes que o Brasil é uma plataforma de exportação de diversos equipamentos. Segundo Roque Reis, diretor da Case brasileira, já chegou ao País a escavadeira CX800B, de 80 t, produzida no Japão, que deve iniciar um programa de testes numa mina de grande porte.
Dos modelos lançados nesta feira, ele destacou as carregadeiras 1021, de 5,5 j3, e a 1121, de 6,25 j3, equipadas com direção por joystick, modos de potência selecionáveis, e nova transmissão hidromecânica, bem como a nova linha de skid steer que deve estar disponível em maio no País. A empresa ainda vai introduzir as mini-escavadeiras produzidas no Japão, de 3,5 a 5 t.
Roque comemora o sucesso do programa System Guard, lançado pela empresa em 2008, que fornece ao cliente de máquinas novas mil horas de análise de fluidos, sem custos. Essa análise abrange os lubrificantes de motor, transmissão, e óleo hidráulico, em etapas de 250 h, que são efetuados em laboratório independente, desvinculado da indústria petrolífera. Os filtros trocados são cortados para exame de contaminantes. Esse programa hoje monitora cerca de 50 mil máquinas, comprovando em números que a análise de fluidos previne as panes e os lubrificantes originais de fábrica são mais eficientes. Outro trabalho efetuado é a diálise do fluido hidráulico com 16 filtros, depurando o óleo.
Outro serviço exclusivo da Case para os motores eletrônicos das maquinas é a troca de dois elementos filtrantes a 500h e 1000h, que promovem a microfiltragem do diesel com 1 micron de tolerância. Os filtros são de tecnologia australiana e influem de forma significativa no menor consumo de combustível.
O usuário brasileiro melhora projeto americano
Na entrevista de Jim McCullough, presidente da CNH Construction, e Marco Borba, diretor da New Holland no Brasil, foi divulgado que estão em curso estudos para produzir três modelos de escavadeiras hidráulicas na fábrica de Contagem, MG. Jim lembrou um fato curioso: um modelo de carregadeira produzido nos EUA sofria quebras nos canteiros do País, onde as aplicações eram muito severas. A fábrica reforçou os componentes críticos e o padrão de qualidade da máquina teve melhora exponencial-o usuário brasileiro provocou essa evolução !
Marco Borba reconhece que o real valorizado afeta as exportações das máquinas fabricadas no Brasil, hoje concentradas em motoniveladoras e tratores de esteiras na New Holland. Os motores Tier III vão ser produzidos até o final de 2012 ou conforme o prazo legal estipulado-e os modelos Tier 4 vão ter custo mais elevado mas seu consumo de diesel será menor e a v
ida útil mais longa.
Ele aponta que as projeções sobre o mercado da América Latina continuam numa trajetória ascendente, ficando entre 40 a 48 mil máquinas este ano, incluindo motoniveladoras, carregadeiras, tratores de esteiras e skid steer. O Brasil representa 60% desse total, com Chile em segundo, com cerca de 5 mil unidades, vindo em seguida Argentina, Colômbia e Peru, com cerca de 3 a 3,5 mil unidades cada.
Terex reforça linha rodoviária e máquinas compactas
André Freire, presidente da Terex Latin America, informa que o grupo mundial se desfez das linhas de escavadeiras hidráulicas e caminhões off road acima de 100 t para fazer caixa e reduzir dividas frente à crise global. Reestruturado, passa a dedicar a mercados específicos, onde possui marcas competitivas. Aliás, sua linha Road Building tem no Brasil seu mercado de maior sucesso.
A empresa estruturou equipes próprias para atender suas linhas de guindastes e máquinas compactas-mini-escavadeiras produzidas na Alemanha e skids sobre rodas e esteiras, de origem americana. Os conjuntos móveis de britagem da divisão Powerscreeen tem encontrado crescente aceitação nos segmentos de empreiteiras e pedreiras.
Gilvan Medeiros, diretor da Terex Road Building, revela a introdução no País do equipamento Cedarapids CR662RM-veículo de transferência de matéria asfáltica que evita o contato do caminhão com a pavimentadora, quando aquele deixa "marcas"na pista que produzem solavanco e desconforto ao usuário da rodovia. Ao substituir a correia por mesa pavimentadora, a máquina cumpre uma segunda função, equipada com alimentadores helicoidais ao invés de correia de arraste, o que evita a segregação na massa, diferenças de temperatura e compactação desigual.
O sistema de injeção de água para gerar espuma em usinas de asfalto, para produzir o asfalto morno, lançado em 2008, já está consolidado nos EUA onde 38 dos 50 estados ja’ o adotaram. A temperatura menor na massa asfáltica diminui a oxidação, permite seu transporte a distâncias maiores e a compactação a temperaturas mais baixas. Pode ser instalado como retrofit nas usinas Terex -e seu custo se paga em 3 a 4 meses.
Liebherr lança tratores de esteiras no Brasil
Jair Machado, gerente da Liebherr, anuncia que depois de pronta a estrutura de peças e serviços, a Liebherr vai introduzir os tratores de esteiras de tração hidrostática no País. Os tratores vem no vácuo do sucesso das carregadeiras de rodas que utilizam o mesmo tipo de trem de força. As primeiras carregadeiras de tração hidrostática operaram na hidrelétrica de Machadinho, em 1998, e somam hoje cerca de 400 unidades, que tem registrado economia de pelo menos 25% no consumo de combustível, quando comparados a equipamentos de mesmo porte.
Os primeiros modelos de bulldozers serão PR754 Litronic, de 35 a 40 t de peso, motor de 350 HP; o PR734 Litronic de 20 a 24 t, com motor de 200 HP. Na tração hidrostática o motor diesel trabalha em regime constante, acionando os motores hidráulicos de tração, daí o menor consumo de diesel.
No segmento de escavadeiras hidráulicas, onde a Liebherr é a única com tecnologia hidráulica desenvolvida na Alemanha, sem depender da tecnologia japonesa, sua participação no mercado brasileiro é de 70% na faixa de 30 a 65 t, onde possui uma população de cerca de mil unidades. A fábrica de Guaratinguetá, SP, continua produzindo o modelo R9350, de 300 t, em versão retro.
JCB prossegue construção da 2a fábrica em Sorocaba
O grupo britânico, de controle familiar, segundo seu presidente executivo John Patterson, suportou bem a crise global e teve balanço positivo de resultados desde 2008. Ele credita isso á visão de longo prazo, imune aos humores das bolsas de valores, rapidez nas decisões estratégicas, e foco total nos países do chamado BRIC.
As vendas da empresa cresceram 65% no Brasil, com avanços parecidos na China e Índia. O número de unidades vendidas no mercado global subiu 43% e o valor total cresceu 40%, atingindo US$3,2 bilhões. A JCB constrói nova fábrica de escavadeiras na Índia, onde comissionou também uma planta de motores diesel, a primeira fora da Inglaterra. No Brasil ergue sua segunda fábrica, destinada à produção de escavadeiras, em Sorocaba, SP, onde está sua planta industrial de retros.
Os lançamentos na Conexpo somaram 18 modelos, entre os quais só de skid-steer sobre rodas e esteiras foram 9 máquinas, reconhecidas de longe pelo único braço lateral da caçamba – com uma novidade inesperada: porta de acesso lateral! Os skids vêm equipados com motor DieselMax com consumo 16% menor, cabine pressurizada 30% maior e que articula para cima, facilitando o acesso do mecânico.
Volvo inclui escavadeiras na produção brasileira
Yoshio Kawakami, presidente da Volvo CE Latin America, comemorou a liderança do continente latino-americano em vendas da marca, superando os EUA. No ranking mundial do grupo, Brasil já é o 3o mercado, atrás da líder China e Coréia do Sul. Ele enfatiza a retomada das vendas em toda a região, onde Brasil representa hoje 70%, com exceção da Venezuela.
Ampliando sua fábrica em Pederneiras, SP, onde já produz motoniveladoras, carregadeiras e caminhão articulado, a Volvo começou em março a produção de escavadeiras hidráulicas – de 14t, 20t e 24t, que já contam com financiamento pelo FINAME. Até meados do ano, o sistema de monitoramento Caretrack começa a operar aqui, conectado por satélite, com 3 anos de uso sem custos para máquinas novas.
Na Conexpo 2011, a Volvo destacou a renovação da sua linha de carregadeiras de porte – L150, L220, L350, com até 10% de economia de consumo, gerenciamento eletrônico, motor Tier 4 ou 3 dependendo do país. Essa linha ganha o novo modelo L250G, projetado para carregar os caminhões em dois ciclos. Uma nova família de carregadeiras compactas skid steer está programada para o 2o semestre.
Doosan populariza sua marca
junto com Bobcat
A estratégica aquisição da Bobcat na constituição da Doosan Infracore tornou a marca coreana conhecida em pouco tempo no mercado americano e mundial, porque aquele nome é sinônimo de carregadeira compacta até hoje, não importa qual é o fabricante. Como prova da sua própria capacitação tecnológica, a Doosan exibiu na Conexpo a maior escavadeira da sua linha – DX700LC, de 71 tm, motor de 463 HP e alcance em profundidade de +8m.
Outro lançamento foi do modelo DX235LCR, de 24 t, traseira cortada com raio de giro abaixo de 2 m, sistema hidráulico projetado para movimentos precisos e suaves, característica boa para obras urbanas.
A Bobcat continua ampliando sua já extensa linha de máquinas e implementos: a nova skid S750, com capacidade para 1,4 t, e a T770, de mesma capacidade, sobre esteiras, completa a série M com total de 10 modelos; a escavadeira compacta E55, de 5,6 t, mede 1,95 m de largura, com motor
de 49 HP Tier 4
Metso se consolida como provedor de soluções
Dionísio Covolo Jr., diretor de Construção América do Sul da Metso, aponta que o grupo continua priorizando o binômio tecnologia de equipamento + serviços de suporte ao usuário, como provedor de soluções . Tendo se antecipado á tendência atual e realizado expressivos investimentos no Brasil há alguns anos, a empresa local estendeu suas atividades para América do Sul, Ásia e EUA. A marca possui fábricas em todos os países do BRIC, exceto Rússia, e concluiu um investimento de 40 milhoes de euros na Índia para produzir alguns modelos de Lokotrack.
Ele afirma que a britagem na cava começa a deslanchar na mineração e nas pedreiras no País e destaca a introdução recente de classificadores a ar para tratar a areia produzida em pedreiras, eliminando o excesso de filler para se enquadrar dentro das normas. Essa sobra de filler é aproveitada na produção de massa asfáltica.
Sany adquire terreno para instalar 2a fábrica
Romano Rosa, vice-presidente da Sany, informa que a empresa chinesa esta formalizando a compra de um terreno de cerca de 500 mil m² em Jacareí, SP, para instalar sua fábrica, que vai complementar sua unidade industrial de montagem em S.José dos Campos. A marca estabeleceu uma sede e centro de montagem em Atlanta, EUA, onde monta guindastes hidráulicos e de lança treliçada, escavadeiras e bombas de concreto.
Romano, que por 13 anos esteve ligado à industria de origem alemã, afirma que se convenceu da estratégia global da Sany quando visitou suas fábricas na China, onde pode atestar seus padrões de qualidade. Ele afirma que um dos diferenciais da marca reside no uso de componentes de reconhecida procedência, como os motores Cummins e componentes hidráulicos da Rexroth e Kawasaki. Ele lembra que há clientes no Brasil que já fizeram encomendas pela 3a vez.
A planta de montagem em S. José dos Campos, SP, recebe os conjuntos de calderaria da China e instala os sistemas elétrico e hidráulico. Esses funcionários que atuam na montagem também prestam assistência aos equipamentos no campo. Os modelos montados ali são as escavadeiras 135 e 215, de 13,5 t e 21,5 t, e os guindastes sobre caminhão QY50C, de 50 t, e STC 75, de 75 t, ambos com motor Cummins.
A linha de bombas de concreto inclui lanças de distribuição, cujo modelo de 28 m de altura está sendo empregado na concretagem da hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira.
Komatsu lança 2a geração de escavadeira híbrida
A fábrica japonesa exibiu a 2a geração da escavadeira híbrida HB215LC-1, que acumula mais de 1 mihão de horas trabalhadas no campo. O motor elétrico de giro quando freia converte a energia cinética em elétrica, que é capturada por um "ultra-capacitor", sendo descarregada numa fração de segundo para a rotação da superestrutura e reforçar o motor diesel sob carga. O modelo pesa 21,5 t e consome 25% a menos de diesel no seu motor de 141 HP.
A Komatsu lançou uma linha de escavadeiras hidráulicas com motor Tier 4 – PC240LC-10, de 25 t, 177 HP; PC360LC-10, de 36 t, 257 HP; PC490LC-10, de 49 t, 359 HP – todas equipadas com Komtrax de monitoramento remoto por satélite, sistema hidráulico com componentes de fabricação própria , e 5 modos de operação a escolha do operador.
Wirtgen traz a linha Kleeman de britagem móvel
Sistema paralelo à superfície e bicos que captam os finos na fresadora W250
W250 é a fresadora mais sofisticada da Wirtgen, com dois motores somando 980 HP, capacidade para produzir 1300 t/h de material cortado, largura de trabalho de 2,2 a 4,4 m , profundidade de ate 35 mm
Planta móvel sobre esteiras com britador de mandibula, MC110, da Kleeman, com regulagem hidráulica. A versão R possui peneira integrada e a Z incorpora uma pré-peneira de dois andares
Rolos tandem de 1,67m – HD 110, de 11,5 t, e HD90, de 10 t, com escolha de vibração convencional, oscilante, alta compactacão de 4000 vpm, combinação de dois sistemas, além de rolo partido. Embaixo, a cabine do operador
BMC vai trazer a escavadeira Hyundai R220LC-9S
Felipe Cavalieri, presidente da BMC – distribuidor máster da Hyundai responsável pelo crescimento espetacular da marca no mercado brasileiro nos anos recentes, revelou que vai trazer a escavadeira R2200LC-9S, de 22 t, que consome 11% a menos de combustível do que a serie 7 e possui períodos de manutenção preventiva estendidos, pontos de serviço concentrados e sistema elétrico à prova de umidade e outros contaminantes. Ele confirma que já opera a central de peças que permite atender 90% das necessidades dos clientes da marca coreana e avisa que pretende dedicar o mesmo empenho na introdução das linhas de concreto da Zoomlion.
Manitou
Maniscopic MHT 10160, com capacidade para 36 mil libras, alcance de 10 m em altura e 6 m na horizontal, motor de 175 HP Mercedes, transmissão hidrostática, tração nas 4 rodas, 3 modos de direção e nivelamento do chassis.
Atlas Copco
Atlas Copco ingressa no mercado de agregados com os britadores Powercrusher ,sendo 4 de mandíbulas, 6 de impacto e 1 conico, com capacidade de 242 a 660 t/h. As peneiras processam 242 e 485 t/h
Os martelos DTH passam a ter seu desempenho controlado pelo monitor gráfico EDGE, incluindo a broca no fundo do furo. O operador usa essa informação em tempo real para controlar a taxa de penetração, a limpeza do furo e evita sobrecarregar as ferramentas. Pode ser adaptado a todas as perfuratrizes que usam os martelos DHT Secoroc, marca da Atlas Copco.
Cranesmart
Segurança para guindastes – Cranesmart fornece célula de carga, medidor de ângulo da lança, chave "anti-2-block" e monitor visual, que são aprovados pela API e DNV. As células de carga são pré-calibradas e dispensam regulagens, por não ter peças moveis. O sistema funciona sem fio e pode ser instalado em 3 horas. São mais de 18 mil sistemas em uso.
Bomag
Asphalt Manager II da Bomag, de fácil manuseio, controla o vetor da força de compactação exercida pelo sistema vibratório-podendo ser horizontal, inclinado ou vertical. Controle automático ou manual, registro de tempo, sensor de temperatura da superfície.
Fonte: Estadão
