Com o objetivo de se tornar mais competitivo e um dos motores do desenvolvimento do Ceará e, por que não dizer, da Região Nordeste, o Terminal Portuário do Pecém receberá investimento da ordem de R$ 1.140 bilhão até 2016. São obras que já estão em andamento. Localizado em São Gonçalo do Amarante, o porto vem se destacando como um jovem e promissor vetor de bons negócios, inclusive para o País. |
Parte do aporte bilionário, R$ 236 milhões, é aplicação para uma nova ponte de acesso de 1,6 mil metros, paralela a que já existe. A previsão é de que esteja pronta em 2013. Três outros berços também devem ser construídos e entregues até 2014. Serão disponibilizados R$ 240 milhões para a obra.
Com R$ 80 milhões, serão realizados trabalhos de revestimento e tratamento do novo quebra-mar, também para 2014. O quebra-mar (2,7 mil metros) está orçado em R$ 444 milhões. Mais dois berços para operação da Transnordestina Logística, no valor em R$ 140 milhões, também estão contemplados nas aplicações.
Conforme o do presidente da Cearáportos, empresa que administra o Porto do Pecém, Erasmo da Silva Pitombeira, o Governo do Estado já está concluindo a primeira fase de ampliação com investimentos em torno de R$ 595 milhões. “Está previsto para o primeiro semestre deste ano o lançamento da licitação para a ampliação da segunda fase do Terminal com investimentos em torno de R$ 600 milhões. Com a conclusão dessas duas fases e a efetivação das demais ampliações, previstas para os próximos anos, o Porto do Pecém estará pronto para atender aos grandes projetos que serão instalados no complexo portuário”, afirma.
Os novos recursos poderão vir de empréstimos por meio do Governo do Estado ou por via de Parcerias Público-Privadas (PPP). A modelagem da captação ainda está sendo conversada com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O Porto do Pecém iniciou as operações em 2002 e tende a crescer a passos largos nos próximos anos. O terminal é integrado ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que nasceu para impulsionar o desenvolvimento econômico do Ceará, contando com uma administração conjugada com as atividades da Secretaria da Receita Federal, Polícia Federal, Ibama, Capitania dos Portos, Secretaria Estadual da Fazenda, Secretaria de Agricultura e Uvagro/Pecém.
O Pecém é off-shore e abriga navios de até 175 mil tpb (toneladas de porte bruto), com calado máximo de 15,5 m. Suas instalações de acostagem contam com dois píeres: um destinado a produtos siderúrgicos, cargas gerais e contêineres e outro destinado a granéis líquidos, derivados e petróleo e onde se encontra instalado o terminal de regaseificação da Petrobrás.
O acesso ao terminal se dá por uma ponte de 2.142 m de comprimento por 7,20 m de largura e faixa lateral de 1,30 m para pedestres, apresentando as mesmas características técnicas de uma rodovia federal. Para armazenagem, o Pecém conta com um pátio de 380 mil m², 2 armazéns cobertos, cerca de 1000 tomadas para ligação de contêineres refrigerados, câmaras frigoríficas e 4 balanças rodoviárias.
Mesmo jovem, o terminal do Pecém é o terminal líder no Brasil na exportação de frutas, pescados e calçados. Atualmente estão instaladas e em operação no CIPP a Tortuga (fábrica de rações), Votorantim e Cimento Apodi (cimenteiras), Petrobrás (planta de regaseificação), Termoceará, Termofortaleza, MPX (usinas termoelétricas), Wobben (aerogeradores), Jotadois (indústria de pré-moldados) e Hidrostec (tubos de aço).
Dois grandes projetos âncoras estão em desenvolvimento por lá. A Refinaria Premium II, da Petrobras, e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Empreendimentos sonhados a décadas pelo estado começam a se desenrolar. A Refinaria está em fase de finalização dos trabalhos de sondagem no terreno. O Governo do Estado estima entregar o terreno para o início das obras de terraplenagem ainda este ano. A CSP, por sua vez, já está em fase de terraplenagem.
ZPE
Tudo indica que a operação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do País via se dar em abril de 2012. A área, dentro do CIPP, é de 4.271 hectares para a instalaç&atild
e;o das indústrias interessadas em direcionar a maior parte da sua produção para o exterior, como rege o princípio de uma ZPE. A área é livre de impostos e câmbio. A ZPE é uma alternativa para reduzir custos às empresas.
Movimentação anual de mercadorias