Com quase 15km² de área e um investimento de R$ 19,3 bilhões, as obras de infraestrutura da nova fábrica de celulose da Suzano, devem ser concluídas ainda este ano. A notícia foi divulgada durante o Suzano Day, evento anual da companhia que abordou o balanço de 2021 e suas metas para 2022 e os próximos anos. Dentre sua apresentação, a companhia de papel e celulose que está presente em oito países, prevê, além da conclusão das obras de infraestrutura em Ribas do Rio Pardo (MS) neste ano, de que a fábrica já deve iniciar suas operações no segundo semestre de 2024.
Referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, a companhia anunciou que além da conclusão das obras, prevê o início de recebimento dos primeiros equipamentos e o início da montagem eletromecânica da planta industrial. No Suzano Day, a companhia mostrou ainda a trajetória para o start-up do Projeto, sendo seu progresso físico em 43% até dezembro de 2022, e 100% até 2024. A companhia detalhou ainda, que do Capex de R$ 19,3 bilhóes já terá investido 38% até o final deste ano.
Sobre o andamento das obras, a companhia divulgou que teve importantes avanços no mês de março. Através de um vídeo institucional, a companhia destacou o início das etapas de construção das fundações da planta industrial, pontos de apoio a caminhoneiros, ETE e ETA provisórias, sistema elétrico, torre de comunicações, posto médico e brigada de incêndio da obra, poços de monitoramento de águas subterrâneas, entre outras ações das áreas florestal, meio ambiente, programas sociais e capacitação profissional. Para a pavimentação, a Suzano realizou em parceria com o Governo do Mato Grosso do Sul, a recuperação da MS – 338 e MS – 456.
Anunciada em maio de 2021, a nova fábrica – que será a unidade mais competitiva da Suzano – vai produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, empregando 3 mil pessoas, entre colaboradores próprios e terceiros.
PORTO DE ITAQUI CONCLUI NOVO BERÇO E ARMAZEM
Desde a fusão com a Fibria, que deu origem à Suzano S.A., em 2019, a companhia já investiu no Brasil aproximadamente R$ 770 milhões em terminais portuários, número que deve chegar a cerca de R$ 900 milhões quando somados os desembolsos previstos para 2022. Na última quinta-feira, dia 24, a Suzano inaugurou o novo berço construído no Porto do Itaqui, no estado do Maranhão. O berço 99 contou com o investimento total de cerca de R$ 2 bilhões, no período de 2015 a 2021, entre recursos públicos e privados. O projeto é estratégico para a continuidade do escoamento da celulose produzida na Unidade Imperatriz, transportada até o Porto do Itaqui por meio de uma malha ferroviária com 670 km de extensão.
Além da construção do berço já finalizado, está sendo construído um armazém, que representam em conjunto um investimento de R$ 390,2 milhões. Em outras regiões do país, a Suzano realiza ainda o escoamento de sua produção para o mercado externo a partir do Porto de Santos (SP) e do Portocel (ES), porto administrado em parceria entre a companhia e a Cenibra.
ESG GANHA RELEVÂNCIA
Durante o evento anual da companhia, a Suzano apresentou, que suas metas para 2022, buscam: ser protagonista em sustentabilidade, expansão em novos mercados, manter a relevância em celulose e ser “Best-in-Class” na visão de custo total de celulose. Dentre os diversas temas abordados, destacaram-se: a relevância do tema ESG, inclusive divulgação do evento 2º ESG Call no dia 23 de junho, e o negócio de carbono prestes a ser lançado, com identificação de projetos de florestas plantadas, restauração e conservação de florestas nativas eficiência energética, energia renovável e conversão de combustíveis.
Já sobre o crescimento orgânico de demanda e tendências de mercado, Suzano acredita no incremento de uso por alguns segmentos de papéis produzidos a partir da fibra curta, como o caso dos papéis para fins sanitários. A companhia projeta que o movimento gradual de substituição de fibra longa pela fibra curta deve continuar. Apesar de já ocupar uma posição de liderança no segmento, a empresa pretende buscar uma relevância ainda maior, com a conclusão do processo de captura de sinergias da fusão com a Fibria em 2020. O próximo passo será colocar o Projeto Cerrado em produção, em Ribas do Rio Pardo, que prevê a adição de 2,3 Mtpa de fibra curta.