AÇU TERÁ DUAS USINAS

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Acordo comercial foi firmado recentemente entre a LLX Açu – subsidiária da LLX, empresa de logística do Grupo EBX – e a Ternium Brasil – do Grupo Techint -, envolvendo a alienação da totalidade das ações da Siderúrgica Norte Fluminense (SNF), controlada pela LLX Açu.

A SNF, que também vem sendo chamada de Companhia Siderúrgica do Açu, será construída no Superporto do Açu, complexo que está sendo erguido em São João da Barra (RJ) pela LLX. A SNF será um parque siderúrgico com capacidade produtiva inicial de 5,6 milhões t/ano de aço bruto integrada à fabricação de pelotas, chapas grossas para indústria naval, laminados a quente para agroindústria, produtos para trabalhos do setor petrolífero em grandes profundidades e setor automobilístico. Deve ser executada em diversas fases para o desenvolvimento das várias plantas do projeto.

LLX e Ternium também firmaram dois contratos take or pay de longo prazo para serviços portuários. Um refere-se ao embarque de produtos fabricados no parque siderúrgico da Ternium. O outro, no desembarque de carvão. O empreendimento está fase de obtenção de licenciamento ambiental.

Além dessa planta, aLLXtem acertada a construção de outra siderúrgica no Açu, esta pelo grupo chinês Wuhan Iron Steel (Wisco), em parceria com a EBX (65% e 35%, respectivamente), com capacidade inicial de 5 milhões t e investimentos previstos de US$ 5 bilhões.

Investimentos em siderurgia já anunciados

Empresa

Valor

TKCSA

€ 5,2 bilhões

Alpa

US$ 3,2 bilhões

CSP

US$ 4 bilhões

CSU

US$ 6,2 bilhões

Arcelor Mittal – Monlevade

US$ 1,2 bilhão

Arcelor Mittal – Tubarão

US$ 50 milhões

Arcelor Mittal – Vega

US$ 300 milhões

Gerdau

R$ 718 milhões

Usiminas

R$ 914 milhões

Wisco-EBX

US$ 5 bilhões

Fonte: Empresas

Prazo e segurança

Duplicação de capacidade de usina siderúrgica, com 6.500 pessoas envolvidas, vive desafios de manter cronograma com segurança, dentro do orçamento e com a unidade existente em plena atividade.

Única usina integrada da Arcelor Mittal Aços Longos, a unidade de Monlevade(MG) integra a ArcelorMittal Brasil e atua, principalmente, no mercado de aços para fabricação de cordoalhas destinadas ao reforço de pneus (steel cord), molas helicoidais e fixadores para a indústria automobilística, produzindo, também, aços especiais para outros segmentos, como o agronegócio.

Em seu processo industrial, a usina utiliza minério de ferro extraído da mina do Andrade, a 11 km de distância de distância, que pertence ao grupo Arcelor Mittal e conta com sinterização, alto-forno, refino de aço, lingotamento contínuo e laminação.

Atualmente, a unidade passa por processo de expansão, com a finalidade de duplicar a capacidade anual de produção de aço bruto, que passará, a partir do segundo semestre de 2012, de 1,2 milhão para 2,4 milhões t. Para isso, as aplicações de recursos chegam a US$ 1,2 bilhão.

Os trabalhos compreendem nova sinterização, novo alto-forno, duplicação da capacidade produtiva da aciaria e terceiro laminador.

De acordo com a gerência geral de Engenharia e Projeto da empresa, o projeto segue o cronograma previsto. Atualmente, a companhia executa em ritmo acelerado as obras de infraestrutura e fundações para instalação de equipamentos, implantação das subestações elétricas que irão suportar as novas demandas de energia e construção dos galpões que irão alojar as novas unidades de produção.

Segundo ainda a empresa, como se trata de ampliação de uma unidade existente, a opção foi pelo uso dos processos construtivos adequados às necessidades, de modo a garantir o andamento do projeto dentro do cronograma e atendendo às normas de segurança da companhia.

Outro trabalho que está sendo desenvolvido no momento é a retirada de interferências eletromecânicas, para permitir a execução do projeto civil. A atividade de monta

gem encontra-se em fase de concorrência, com previsão para início de atividades em setembro próximo.

Projetistas

EPC Engenharia e Paula Machado Engenharia

Principais números da obra

Volume de concreto – 150 mil m³

Equipamentos a serem montados – 75 mil t

Efetivo máximo para implantação do projeto -6.500 trabalhadores

Fonte: Estadão


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