O faturamento anual previsto pela Manitowoc para nova fábrica é de R$ 250 milhões. A escolha de Passo Fundo, localizada a 280 km de Porto Alegre, se deve a base de fornecedores na região. Mas a multinacional americana prevê desafio na contratação de mão de obra, devido à qualificação precária e a falta de demanda.
A previsão é que em 2017 o quadro da unidade atinja 350 profissionais. No total, a nova fábrica deve gerar cerca de 1 mil empregos, entre diretos e indiretos.
“Não fizemos investimento de curto prazo. Não foi especificamente para atender a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, mas um trabalho de longo prazo”, disse Lawrence Weyers, vice-presidente para as Américas da Manitowoc.
Com seu público composto basicamente por empresas locadoras de equipamento para a construção e grandes construtoras, Weyers explicou que a empresa está aberta a novos parceiros comerciais, embora historicamente a companhia tenha sempre atuado no País com venda própria de maioria de sua linha de equipamentos.
Com 20 anos de presença no Brasil, além da nova fábrica em Passo Fundo, a Manitovoc mantém escritórios de vendas e assistência técnica em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE).
Com matriz nos Estados Unidos, a Manitowoc opera desde 1902 no segmento de guindastes. A empresa agora passa a ter 16 plantas industriais no mundo.
“A fábrica atenderá no primeiro momento o mercado brasileiro, mas, em breve, de 15% a 20% de sua produção poderá ser exportada para países vizinhos”, ressalta Mauro Nunes, diretor-geral da empresa no País.
Na nova fábrica da Manitowoc, serão inicialmente produzidos três tipos de guindastes: RT 765 (60 t), RT 880 (70 t) e RT 890 (80 t). No início do ano que vem, serão fabricados no Brasil também o RT 530 (25 t) e RT 540 (30 t). Em julho de 2013, começa a produção de gruas, com a série MC 85, MC 115 e MC 175.
Do total, 60% dos negócios da empresa no mundo se concentram nos setores de mineração, energia e infraestrutura.
Foto: Cassius Souza
Fonte: Padrão
