Geração distribuída, redução de custos e metas ESG estão transformando o setor de saneamento no Brasil. A pergunta agora é: a energia solar já se consolidou como realidade ou ainda é uma tendência em evolução?
A ascensão da energia solar no setor de infraestrutura
Nos últimos anos, a energia solar tem deixado de ser uma promessa distante e passou a integrar a estratégia operacional de diversas empresas brasileiras — inclusive em setores tradicionalmente menos associados à inovação energética, como o saneamento.
Com metas ambiciosas de descarbonização e pressão crescente por eficiência, concessionárias têm adotado a geração distribuída solar como um caminho viável para equilibrar sustentabilidade e economia.
O case da BRK Ambiental: eficiência com impacto real
Um dos exemplos mais expressivos é o projeto da BRK Ambiental no Tocantins e Pará, inscrito no Inovainfra 2025. A empresa implementou quatro usinas solares fotovoltaicas com modelo de autoconsumo remoto, compensando até 80% do consumo de unidades consumidoras em baixa tensão.
Os resultados falam por si:
- 30.057 MWh de energia limpa gerados em 43 meses
- R$ 13 milhões economizados em custos com energia elétrica
- 1.382 toneladas de CO₂ evitadas, o equivalente ao plantio de 9,8 mil árvores
Mais que números, o projeto mostra como é possível integrar inovação energética às operações essenciais do saneamento — um setor historicamente marcado por desafios estruturais.
Geração distribuída: como funciona no saneamento?
O modelo adotado pela BRK se baseia na geração distribuída com autoconsumo remoto. A energia gerada pelas usinas solares é injetada na rede elétrica local e compensada no consumo das unidades operacionais da empresa.
Com isso, a companhia consegue reduzir significativamente sua fatura energética e ainda acumula créditos de energia, otimizando o uso em períodos de maior demanda.
A escolha pela fonte solar tem justificativas técnicas e ambientais: é limpa, renovável, de baixa emissão e com viabilidade operacional crescente, mesmo em regiões com menor densidade urbana.
De tendência à realidade consolidada?
Os resultados do projeto da BRK mostram que, ao menos para empresas com visão de longo prazo e compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a energia solar já é uma realidade operacional.
No entanto, o cenário ainda é desigual. Há barreiras regulatórias, restrições de investimento e gargalos logísticos que impedem uma adoção em larga escala por todas as concessionárias — especialmente em municípios de pequeno porte.
Mesmo assim, os cases apresentados no Inovainfra 2025 indicam uma direção clara: a transição energética chegou também ao saneamento, e empresas que não se adaptarem tendem a ficar para trás.
Seu projeto pode estar na próxima edição
O projeto da BRK foi um dos destaques do Inovainfra 2025, que premiou soluções inovadoras em engenharia e infraestrutura em todo o Brasil.
Se sua empresa também está desenvolvendo iniciativas com impacto real — seja em energia, mobilidade, digitalização ou sustentabilidade — o Inovainfra 2026 é o espaço ideal para dar visibilidade a esse trabalho.
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