Feira de Saragoza vai mostrar que enfim há luz no fim do túnel

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A 16ª edição do Salão Internacional de Máquinas para Obras Públicas, Construção e Mineração (Smopyc), de 1º a 5 de abril próximo em Saragoza, pretende mostrar que os fabricantes, afetados pela crise econômica europeia, começam a mudar o jogo

Nildo Carlos Oliveira

Já não era sem tempo. A crise atingiu a todos e se refletiu na cadeia produtiva da construção em quase todos os países europeus. E a feira de Saragoza acusou os golpes. Embora ainda não haja sinais visíveis de recuperação até 2015, os indicadores começam a mudar de posição, conforme assegura o empresário espanhol José Antonio Vicente, diretor daquele evento internacional, realizado naquela cidade espanhola a cada dois anos.
Antonio Vicente, diretor da feira

Ele acha que ao longo desse período de crise, que se aguçou ainda mais em 2011, muitas empresas passaram a se reposicionar e a se redimensionar, alterando projeções e buscando outros mercados fora das fronteiras de seus países. Mas toda crise pode ter um efeito positivo. E, aquela, levou os fabricantes a um penoso exercício de recuperação. Isso não quer dizer que eles já superaram seus problemas. Mas, pelo menos, já não se consideram batendo no fundo do poço.

“Por isso”, diz José Vicente, “em qualquer dos cenários possíveis, o Smopyc seguirá acompanhando os fabricantes em sua travessia até a recuperação, a partir de suas próprias perspectivas”. Ele lembra que na edição anterior, em 2011, a feira atraiu 1.253 expositores e 89 mil visitantes. A de abril próximo deverá repetir e, se possível, demonstrar que os resultados serão outros. Afinal, as empresas amadureceram mais em razão das dificuldades pelas quais tiveram de passar e aprenderam a reforçar e a monitorar a produtividade, de modo a aproveitar melhor o índice de especialização conquistado.

Ele afirma que o evento acumula um know how de inestimável valor para expositores e visitantes e tem um prestígio internacional indiscutível. “Além disso, conta com a confiança dos profissionais do setor e com o apoio de entidades afins. Pesa muito, nesse sentido, a tradição e a reputação do mercado internacional.”

Ele acredita que o setor opera consciente da aceitação das máquinas e equipamentos espanhóis nos mercados dos Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia, e que a oferta das empresas espanholas leva em conta equipes formadas com alto nível tecnológico.

O empresário diz que o trabalho, em favor de uma maior internacionalização, faz parte dos objetivos do evento. A feira vem possibilitando a abertura de novos mercados, o que favorece os projetos das empresas, na medida em que estabelece sinergias, facilitando contatos e melhorando os serviços para atrair visitantes internacionais.

A 16ª edição do Smopyc é também uma oportunidade para a compreensão da crise econômica europeia e para uma avaliação do que as empresas têm feito para sair das condições em que ficaram.

E conclui o empresário: “Ao longo desse tempo temos observado tendências de inovação no segmento de máquinas e equipamentos. Os avanços são detectados na melhoria tecnológica, na produtividade de sistemas e equipamentos, na melhoria do conforto e uso que eles proporcionam. Acredito que as grandes conquistas para novos desenvolvimentos do ponto de vista de máquina e equipamentos estão na possibilidade de obtermos mais potência, mas eficiência e o menor consumo de combustível”.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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