A 21ª edição da newsletter ENR Global Insider OE, produzida a partir da parceria das revistas O Empreiteiro e ENR-Engineering News Record, mostra uma nova engenharia financeira pela qual a economia de energia garante o financiamento da obra na cidade
Projeto visa diminuir gastos com eletricidade
Depois de muita discussão, o Chicago Infrastructure Trust aprovou projeto de pelo menos US$ 30 milhões que prevê a modernização (retrofit) de 75 prédios públicos da cidade, cujo valor do serviço será pago com a economia de energia proporcionada.
A iniciativa de modernização envolve substituição de lâmpadas, aquecedores, sistema de calefação, dentro outros itens, por outros mais eficientes e econômicos, visando gerar economia no consumo de energia elétrica de prédios públicos de Chicago, como a prefeitura, bibliotecas, delegacias e centros comunitários.
A modernização economizará 23 milhões kW/ano de eletricidade. Calcula-se que US$ 2 milhões por ano serão poupados pelo governo local com a medida. O valor será usado para pagar o financiamento a ser obtido para realização dos serviços de retrofit.
Já se pensa em futuros projetos de modernização também para iluminação pública e o setor privado.
Argélia assina acordo bilionário com a GE
A companhia nacional de eletricidade e gás da Argélia, Sonelgaz, assinou contrato de fornecimento e manutenção de equipamentos para geração de energia – incluindo turbinas e geradores – com a GE no valor de US$ 2,7 bilhões. O objetivo da companhia argelina é preparar o país para o aumento do consumo de eletricidade. O acordo envolve projeto para nove plantas de geração de energia a gás com capacidade total de 9 GW. A Argélia deverá ter crescimento anual de demanda de energia de 14%, em média.
A Sonelgaz informou que a aquisição dos equipamentos representa um importante passo na estratégia da empresa de estabelecer uma série de parcerias com a indústria de energia para exploração dos recursos locais.
O consumo de energia na Argélia é esperado crescer 78,8 TWh até 2022 – atualmente, este índice gira em torno de 48 TWh. O país gera mais de 90% da eletricidade com gás natural.
Planta de dessalinizaçãode US$ 3,4 bi surge no Chile
As empresas de mineração BHP Billiton e Rio Tinto estão indo adiante com o projeto de US$ 3,4 bilhões para garantir o suprimento de água na mina de cobre de Escondida, no deserto do Chile. A iniciativa inclui uma planta de dessalinização, que será a maior das Américas, e produzirá 220 mil m³ de água/dia.
As duas companhias são proprietárias da mina de cobre, a maior do mundo, localizada a 3.100 m de altitude. O projeto da estação, cuja operação é prevista para 2017, inclui ainda dois dutos, quatro bombas de pressão, um reservatório e infraestrutura de energia. A água será fornecida à mina por meio de um duto de 180 km, a partir de Antofagasta, localizada no norte do litoral chileno.
A empresa afirma que o projeto assegurará fornecimento de água e minimizará a dependência de aquíferos na região onde opera. Atualmente, a mina de Escondida está sendo ampliada. A Doosan Heavy Industries & Construction tinha informado meses atrás que havia ganhado a construção do projeto – será o primeiro da sul-coreana fora do Oriente Médio.
A segunda maior planta de dessalinização nas Américas fica em Carlsbad, na Califórnia. Ainda em construção, ela produzirá 189 mil m³ de água/dia. Em outubro, em Tel Aviv, Israel, foi inaugurada uma planta de dessalinização de 624 mil m³/dia. A Arábia Saudita e a China também estão construindo plantas de dessalinização com capacidade de produção de água de 880 mil m³/dia e 1 milhão m³/dia, respectivamente.
China constrói nova usina nuclear na Inglaterra
A estatal chinesa de indústria nuclear anunciou a construção da primeira planta nuclear de energia da Inglaterra em duas décadas. A construção de dois reatores de 1.6 MW, avaliados em mais de US$ 22 bilhões, deve começar em meados do ano que vem, em Somerset. O projeto, intitulado Hinkley Point B, tem a participação do grupo francês EDF, que terá de 45% a 50% do controle da unidade.
O projeto será adjacente à já existente planta nuclear Hinkley Point B, que opera desde 1995. O governo inglês tem como estratégia erguer pelo menos 12 novos reatores nucleares em cinco sites, totalizando 16 GW, até 2030.
A EDF e a China National Nuclear já constroem uma planta na província de Guangdong, na China. A estatal francesa Areva integra o consórcio que vai executar a construção da planta nuclear em território inglês.
Fonte: Revista O Empreiteiro
