Fortaleza ganha novo polo para atividades permanentes

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O Centro de Eventos de Fortaleza (CE), concebido pelo arquiteto Joaquim Cartaxo e cujo projeto foi desenvolvido pelo escritório Nasser Hissa Arquitetos, começou a ser construído em agosto de 2009. É composto de dois blocos semicirculares paralelos, simétricos nos dois eixos, conectados por uma praça de convivência com cerca de 6 mil m² de área. Ela ficará caracterizada pela cobertura da cúpula – não geodésica – que emprega vidros planos de quatro pontos e permitirá o funcionamento da praça durante todo o dia, com plena iluminação natural.

Destinado a feiras e convenções, mas com a peculiaridade de ser multiúso a fim de permitir atividades ininterruptas, foi construído na avenida Washington Soares, perto do antigo Centro de Convenções do Ceará. Ele já está significando motivo para outras melhorias urbanas: a construção do elevado sobre aquela avenida e uma ponte sobre o rio Cocó, de modo a interligar as avenidas Sebastião de Abreu e Santos Dumont. Foi inaugurado em agosto último pelo governador Cid Gomes.

O engenheiro Sílvio Costa Andrade, gerente de contratos da Galvão, na obra, diz que os dois pavilhões para exposições – o Oeste e o Leste – foram dispostos no primeiro pavimento. Previram-se oito salas de convenções de cada lado somando cerca de 300 m², com um pormenor: cada sala pode ser subdividida e, nesses espaços, serem realizadas atividades diferentes, sem que o ruído de um espaço interfira no outro, tal o aprimorado sistema acústico ali instalado. É nesse primeiro pavimento que se situa a área de convivência, com a praça de alimentação com capacidade para abrigar 16 estabelecimentos – lanchonetes e restaurantes. Esses espaços estarão disponíveis, tão logo seja entregue a obra, para ser licitados e locados. O conjunto terá capacidade para receber um público de 30 mil pessoas, simultaneamente, em um único evento.

No segundo pavimento há 20 salas de convenções – dez de cada lado – com espaços que somam 300 m², e que, a exemplo das salas do primeiro andar – também podem ser alteradas e subdivididas para efeito de aproveitamento. Uma sala pode ser usada de ponta a ponta ou ser subdividida em dez.

No térreo estão dispostos dois grandes salões com as áreas sociais para recepção, credenciamento e outras atividades análogas. O subsolo foi utilizado para a construção do estacionamento com capacidade para 2.500 vagas e a distribuição das áreas técnicas, tais como a central de água gelada, a central de monitoramento, subestação etc. O equipamento de refrigeração – 4.500 TR – tem capacidade superior ao equipamento de grandes shopping centers. O sistema de esgotamento sanitário é a vácuo, segundo a política de redução no consumo de água e sustentabilidade ambiental.

O engenheiro informa que a localização do centro de eventos favorecerá o esforço para que ele tenha atividades permanentes. Quase contíguo ao prédio funciona, por exemplo, a Universidade de Fortaleza (Unifor), cujo público poderá utilizar o centro de convivência. Em razão do trânsito do entorno, o governo previu, no projeto, a construção de quatro túneis, que deverão ficar prontos com a obra, necessários à organização do sistema viário local.

Dentre as técnicas que contribuíram para apressar a obra cabe destaque à dos pré-moldados. A estrutura do empreendimento foi fabricada e montada pela empresa T&A Pré-Fabricados, com o uso de peças pré-fabricadas de concreto produzidas em indústria situada no município cearense de Maracanaú. Os pilares (no total são 300 pilares de concreto) têm 28 m de comprimento. E, dada a impossibilidade de serem transportados da fábrica para a obra, foram divididos em duas partes e soldados em canteiro na fase de montagem.


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