Por Iria Lícia Oliva Doniak
A industrialização da construção civil é, sem dúvida, o caminho para um desenvolvimento sustentável, principalmente diante de grandes demandas e desafios econômicos. Em um cenário de instabilidade e incertezas, aumentar a produtividade e cumprir cronogramas rigorosos são imperativos para o setor.
Durante um encontro na Europa com empresários do setor de pré-fabricação de concreto, ficou evidente que a inovação é o ponto comum entre aqueles que superaram crises internacionais. A inovação tecnológica permite repensar processos, otimizar recursos e aumentar a competitividade das empresas.
A industrialização na construção civil representa o grau mais elevado de racionalização. No Brasil, as estruturas pré-fabricadas de concreto têm mais de 50 anos de contribuição para o desenvolvimento da construção, desde as primeiras obras como o campus da UNB, em Brasília, até projetos de grande porte como aeroportos, estádios para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
Essa trajetória foi fortalecida com a criação da ABCIC (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto). Atuamos em temas como normalização, padronização, qualificação de pessoas e certificação. Nossos associados também investiram no parque fabril, ampliando mercados e fronteiras.
Apesar das dificuldades, como a falta de políticas públicas que incentivem a industrialização e um sistema tributário que penaliza o setor produtivo, seguimos firmes. Nosso diferencial não é apenas o produto, mas sim as soluções em engenharia estrutural, fachadas e fundações.
Mesmo diante das previsões econômicas mais otimistas, sabemos que o fortalecimento das entidades de classe e a união dos elos da cadeia produtiva são fundamentais para superar a crise e impulsionar a construção industrializada no Brasil.
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Mãos à obra!
Iria Lícia Oliva Doniak é presidente executiva da Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC).





