Guilherme Azevedo
Melhorias incluem ampliação e construção de terminaisde passageiros e de sistemas de pistas e pátios;atrasos na infraestrutura já são históricos
Enquanto os futuros concessionários não assumem a gestão dos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro (Galeão) e de Confins (Belo Horizonte), segue como responsabilidade da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a tarefa de executar parte das obras de ampliação, melhoria e manutenção, historicamente atrasadas. O grande teste à frente é o aumento da demanda projetado com a movimentação de turistas e profissionais para a Copa do Mundo de futebol no Brasil, de 12 de junho a 13 de julho.
Galeão e Confins foram concedidos à iniciativa privada em leilão realizado no dia 22 de novembro do ano passado. Por R$ 19 bilhões (ágio de 293,91%), o Galeão será gerido, nos próximos 25 anos, pelo consórcio Aeroportos do Futuro, formado pela Odebrecht TransPort Aeroportos S/A (60% de participação) e pelo operador Excelente B.V. (40%, cujo titular é a Changi, operadora do aeroporto de Cingapura). Confins segue para a gestão privada por R$ 1,82 bilhão (ágio de 66%) e será administrado, nos próximos 30 anos, pelo consórcio AeroBrasil, composto da Companhia de Participações em Concessões CPC, controlada pela CCR (75%), Zurich Airport International AG (24%) e Munich Airport International Beteiligungs GMBH (1%). Os contratos de concessão, que formalizam o resultado do leilão, serão assinados em março próximo. Até lá, as partes interessadas estão impedidas legalmente de se pronunciar. Após a assinatura, tem início o período de gestão partilhada com a Infraero, que ainda segue como sócia minoritária na gestão dos aeródromos mesmo após a concessão. O controle efetivo da gestão e operação pelos concessionários deve acontecer apenas em setembro.
Fonte: Revista O Empreiteiro
