Irregularidades fazem China perder obra na África

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Arábia Saudita ainda investeem usina movida a óleo

Usina para geração de energia movida a óleo já não é muito comum no mundo, exceção nos países que possuem petróleo em abundância, como é o caso das nações do Golfo Pérsico, Rússia e Venezuela.

A Arábia Saudita é um dos que mais dependem de óleo para geração de energia. Lá, o combustível gera 65% da eletricidade distribuída. O País é um dos poucos que ainda constrói plantas desse tipo. Atualmente, duas novas delas estão sendo erguidas na costa do Mar Vermelho.

A Yanbu 3 está sendo construída pelo consórcio composto das empresas Samsung Engineering, Shangai Electric e a saudita Al Toukni. O consórcio assinou contrato no modelo EPC no valor de US$ 2,6 bilhões para executar o projeto, que deve ser concluído em 2017 e terá capacidade para gerar 3,1 mil MW.

A outra planta, a Rabigh 2, que produzirá 1,8 mil MW, é construída pela saudita Saudi Electricity Co., ACWA Power International e Samsung C&T Corp. O projeto de US$ 1,5 bilhão deve começar a operar em 2016.

O Iraque, outro grande produtor de petróleo, gera 87% de sua energia elétrica com plantas movidas a óleo. O Irã também tem muitas usinas desse tipo que produzem 17% da eletricidade do País.

Nos Estados Unidos, menos de um 1% da energia gerada provém de plantas movidas a óleo. A última construída no País foi no início da década de 1980.

Ponte sobre o Danúbio próxima de ser concluída

Uma das mais maiores pontes já construídas sobre o rio Danúbio, entre a Bulgária – na altura da cidade de Vidin – e a Romênia – na cidade de Kalafat -, será oficialmente aberta em breve depois de décadas de planejamento e atrasos na construção.

Com 1,3 km, o projeto conseguiu se manter apesar das condições locais adversas para construí-la e a transição de ambos países do comunismo para membros da União Europeia. A ponte estaiada tem um vão por onde passa o canal de navegação do rio de 180 m de largura.

A principal construtora da obra, a espanhola FCC, está atualmente finalizando os trabalhos. A obra deveria estar concluída em abril de 2010, mas, segundo a FCC, a burocracia com mudanças de legislação e a constatação de que o solo das margens do rio era muito instável atrasaram o desenvolvimento do projeto.

As projetistas da nova ponte sobre o rio Danúbio foram a inglesa High-Point Rendel e a francesa Ingérop. Durante o período de trabalho dessas duas empresas, Romênia e Bulgária passavam por um transição política e econômica brutal.

Ponte de 1,3 km sobre o rioDanúbio ligará Bulgária e Romênia

O plano de ter uma ponte ligando as duas nações começou 20 anos antes da queda do Muro de Berlim (1989). Alemanha, França e União Europeia foram os financiadores estrangeiros da construção da ponte.

Índia se depara com milharesde construções irregulares

Depois que um prédio em Mumbai, Índia, desabou matando 70 pessoas, o país passou a olhar com mais atenção as construções habitacionais existentes e constatou que milhares delas foram erguidas irregularmente, expondo inúmeras falhas no setor.

O prédio de oito andares que caiu em Mumbai foi construído em cinco semanas, levando a suspeitas da qualidade da estrutura e até corrupção para obter autorização para ser habitado.

O crescimento imobiliário na Índia tem atraído empresas de currículo duvidoso que exploram a demanda represada por moradia a custo baixo. O déficit estimado ano passado pelo governo indiano na área de habitação somava quase 19 milhões de unidades.

Somente na região de Mumbai estima-se que existam 2 mil prédios construídos irregularmente. Em Déli, construções ilegais atingem 70% das habitações, segundo especialistas.

Construtoras que trabalham em prédios irregulares raramente seguem métodos e práticas de construção adequados, aplicando, por exemplo, concreto com mistura baixa de cimento.

Pelo fato de 400 mil pessoas viverem em construções irregulares em Déli, o Ministério do Desenvolvimento Urbano da Índia anunciou que construirá 100 mil novas unidades habitacionais por ano na cidade.

Angola afasta chineses de obra de hidrelétrica]

A Angola cancelou contrato de US$ 2,2 bilhões, na modalidade EPC, com a China International Water and Eletric Corp (CWE), para construção no País de uma hidrelétrica de 600 MW. O motivo seria a apresentação de documentos irregulares pelos chineses na época da licitação da obra, o que facilitou a vitória sobre seus concorrentes na disputa. Agora, o governo procura novos interessados para salvar o projeto Karuma.

A CWE informou na época da licitação que já havia construído uma hidrelétrica na China com 600 MW – uma das condições impostas pelo governo angolano para que as empresas concorressem para a obra pública. No entanto, após a vitória dos chineses, descobriu-se que, na verdade, a experiência da CWE se concentrava em uma usina de 70 MW. Os chineses chegaram a inflacionar em cerca de 500% o custo da obra que apresentavam como experiência na área, para conseguir vencer o projeto Karuma.

No final do ano passado, a italiana Salini já havia entrado com uma ação judicial contra a participação da CWE alegando que a empresa atuava no processo irregularmente. Um dossiê de 100 páginas apresentada pela alta corte angolana revelou inclusive corrupção no processo.

A hidrelétrica, a ser construída a 264 km da capital Luanda, é o maior projeto da Angola nessa área. A demanda de energia cresce no país na ordem de 15% ao ano e os blecautes têm sido uma constante nas cidades do país.

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Fonte: Revista O Empreiteiro


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