O programa de concessão de rodovias foi iniciado na década de 1990, na gestão do então presidente Itamar Franco – falecido em julho passado. Em 1994, foram assinados os primeiros contratos e no ano seguinte as concessionárias assumiram as primeiras rodovias.
Em agosto de 1996, começou a cobrança de pedágios. O programa foi adotado em todo o País como alternativa para recuperar a parte mais importante da malha rodoviária brasileira, uma vez que muitas rodovias atingiram um nível de degradação bastante avançado, devido à falta de investimentos públicos.
Assim, os últimos 15 anos foram marcados pela realização de obras, investimentos de vulto, além da implementação de novas tecnologias para tornar mais eficiente a operação, dando mais segurança aos usuários e pedestres. Desde o início das concessões até 2010, foram executados 2.899 km de pavimentação nova nas rodovias. Foram construídos ainda 625 mil m² de pontes e viadutos novos, além de serem recuperados aproximadamente 2,1 milhões de m² desse tipo de estruturas.
Quanto às realizações em segurança, as concessionárias implantaram 1,1 milhão de m de barreiras de concreto, além de 2,9 milhões m de defensas metálicas. Também foram instaladas nas rodovias concedidas 1.430 câmeras, 5.837 callboxes, além de 324 radares fixos e móveis. Acompanhando esses avanços tecnológicos, os índices de acidentes e vítimas fatais caíram de forma expressiva.
Ecorodovias registra aumento de tráfego
A EcoRodovias, que detém cinco concessões rodoviárias – incluindo o sistema Anchieta-Imigrantes em S.Paulo – e unidades de logística, como o Ecopátios de Cubatão, teve elevação da receita líquida em 14,7%, atingindo R$ 422,4 milhões no primeiro trimestre de 2011, em comparação aos R$ 368,4 milhões registrados no mesmo período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 92,7 milhões, 47,1% superior ao primeiro trimestre do ano passado.
Este resultado é diretamente relacionado ao crescente aumento do tráfego consolidado nas estradas que administra. No primeiro semestre de 2011, houve aumento de 16,3% em número de veículos pagantes de pedágio, quando comparado ao mesmo período de 2010. Em termos de veículos comerciais, o crescimento consolidado foi de 11,7% e de 20,8% para veículos de passeio.
O grupo planeja ampliar sua presença logística para além dos limites rodoviários, como operar portos e aeroportos. No passado, a EcoRodovias chegou a disputar a compra de parte do Embraport, no porto de Santos, mas não obteve sucesso. A entrada no segmento de operação portuária de contêineres deverá ter um parceiro estratégico. O grupo quer aproveitar o controle do corredor de acesso ao porto e os seus pátios existentes – o de Cubatão e Imigrantes estão em expansão; planeja-se criar um no Vale do Paraíba – para oferecer serviço também no cais de movimentação de carga e armazenamento.
