Dados mostram que o mercado imobiliário seguirá aquecido pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI), realizada pelo departamento de Economia e Estatística da entidade junto às incorporadoras associadas, registrou de novembro de 2024 a outubro de 2025 o total de 136,3 mil lançamentos de unidades, e, somente em outubro, a comercialização de 12.331 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. Com o resultado, as vendas em 12 meses acumulam 111,9 mil unidades, sendo 61% provenientes do MCMV, e 39% de outros mercados.
O estudo aponta que esse crescimento foi de 26% do MCMV e uma queda de 3% de outros mercados, e a alta de 6% no valor global vendido. Sobre os lançamentos, o crescimento foi de 37% comparado ao mesmo período de 2024, no caso do MCMV, e 45% referente a outros mercados. No acumulado, de janeiro a outubro de 25, o programa do governo bateu recorde com 67, 6 mil unidades lançadas e 58, 9 mil vendidas.
Crescimento imobiliário nacional
Além dos números referente a São Paulo, os dados publicados na 2ª edição do Boletim Setor Imobiliário da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no relatório produzido pela Superintendência de Securitização e Agronegócio (SSE) da Autarquia, divulgados em novembro, mostram que o volume financeiro do Setor Imobiliário dentro do mercado de capitais em 2025 foi de R$ 697 bilhões (dezembro/2024 a setembro/2025), um crescimento de 7,5%. Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) tiveram aumento de 5,9% e um patrimônio líquido de R$ 370 bilhões. Enquanto o mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) apresentou aumento de 9,6% no período (R$ 245 bilhões).
Sobre o Minha Casa, Minha Vida, na última semana, o secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Augusto Rabelo, apresentou um balanço nacional do MCMV e detalhou o impacto das novas medidas para Norte e Nordeste. Segundo o secretário, o Nordeste financiou 129 mil unidades, equivalente a 23% de todas as contratações do país, além de liderar nacionalmente o uso do desconto na entrada, concentrando 45% de todo o subsídio disponível. O déficit habitacional da região corresponde a 23% do total brasileiro, o que reforça a importância do avanço recente. Já o Norte atingiu a marca de 29 mil unidades financiadas, o maior volume da história regional.






