Os empreendimentos industriais previstos para o CIPP não se concretizariam sem o Terminal Portuário do Pecém, que traz vantagens competitivas para a região, a começar pela localização, próxima da Europa e da costa leste dos Estados Unidos. Além disso, a profundidade do porto de 17,5 m permite a operação com navios de grande calado. Também está longe de centros urbanos, o que facilita a movimentação de cargas, e ainda possui tarifas muito competitivas, segundo a Companhia de Integração Portuária do Ceará (CearáPortos), empresa que administra o porto, ligada à Secretaria de Infraestrutura do Ceará.
Nos seus dez anos de operação, o Porto do Pecém, como é conhecido, já mostra a sua vocação para exportação e importação. De 2002 para cá, a movimentação de cargas saltou de 331,6 mil t/ano para 3,4 milhões de t registradas no ano passado. E deve fechar este ano de 2012 com mais de 3,7 milhões de t, segundo estimativa da CearáPortos. O terminal, que já é o primeiro no ranking dos portos brasileiros em exportação de frutas, com 45% do total exportado no País, também lidera as exportações de calçados, com 35% do movimento total brasileiro do setor.
Com 165 funcionários, um pátio de armazenagem com 380 mil m² e outros 70 mil m² de Terminal de Múltiplo Uso (TMUT) e mais de 16 mil m² de área coberta, o Porto do Pecém movimentou 200 mil TEUs (que equivale a um contêiner de 20 pés). A estimativa da CearáPortos é de encerrar este ano com movimentação de mais de 222 mil TEUs. Até 2016, o Porto do Pecém deve atingir os 300 mil TEUs, multiplicando por dez o volume movimentado no primeiro ano de atividade, em 2002.
Para o diretor-presidente da CearáPortos, Erasmo Pitombeira, o Porto do Pecém opera hoje em condições competitivas. “Porém, com o avanço da movimentação, novas obras deverão ser iniciadas, brevemente, com previsão de investimentos até 2016.” Segundo ele, um dos grandes desafios foi a primeira ampliação do Terminal de Múltiplo Uso, concluída no segundo semestre do ano passado, quintuplicando a capacidade de movimentação de contêineres para até 800 mil TEUs. “Nossos próximos desafios serão o de nos preparar para atender às demandas que virão com a construção da refinaria e da siderúrgica, que certamente multiplicarão a movimentação registrada hoje”.
A meta, segundo a CearáPortos, é consolidar a posição do Porto do Pecém como líder no mercado nacional na exportação de pescados e frutas e calçados. Com o novo cais do TMUT, a ideia é também configurar Pecém com a vocação que o porto tem hoje de concentrador de cargas. “Todo o desenvolvimento do Ceará passará pelo porto, pois o equipamento incentiva setores, como o da construção civil, comércio, moradia, urbanização, investimento direto e empregos”, destaca Pitombeira.
Principais vantagens
• Offshore
• Profundidade (17,5 metros)
• Distante de centros urbanos
• Acesso (rodoviário e ferroviário)
• Posição (próximo da Europa e costa leste EUA)
• Baixos custos de tarifas
Fonte: CearáPortos
Raio X do Porto do Pecém
Inauguração | 2002 |
Localização | São Gonçalo do Amarante, Ceará – a 56 km de Fortaleza |
Área total de armazenagem | Um pátio de armazenagem de 380.000 m² + 70.000 m² no TMUT (Terminal de Múltiplo Uso) |
Área coberta | 16.250 m² |
Funcionários | 165 |
Movimentação em TEUs | 200 mil (2011) |