A nova pista do aeroporto de Macaé foi entregue à Zurich Airport Brasil pelo Consórcio Bem Voar, formado pela Construtora Barbosa Mello (CBM) e pela Engeform. Com 1.410 metros de extensão, a nova pista habilita o terminal a receber turboélices e jatos. O projeto contemplou ainda um novo pátio de aeronaves com 10 mil m². O investimento total foi de R$ 220 milhões.O aeroporto foi inaugurado na última semana.
Segundo Luiz Vono, gerente de Contrato da CBM, o sucesso da obra — premiada em 2024 nos rankings InovaInfra, promovido pela revista O Empreiteiro, e Valor Inovação — foi fruto da forte integração entre as empresas do consórcio e a contratante. “Uma obra desafiadora como essa só foi possível por meio de grandes parcerias. O entrosamento entre o Consórcio Bem Voar e a Zurich foi rápido e efetivo, o que nos permitiu alcançar esse resultado”, destaca Vono.
“A inauguração de hoje nos deixa muito satisfeitos pois coloca em prática de maneira muito robusta a missão da Zurich Airport Brasil de desenvolver as regiões onde atua. Um investimento como esse reforça nossa crença no potencial da região”, afirma o presidente da Zurich Airport Brasil, Ricardo Gesse.
A pista foi homologada pela ANAC em abril deste ano. Todas as obras obrigatórias foram concluídas, assim como os testes operacionais e o comissionamento dos ativos. A estrutura está pronta para entrar em operação.
Vanguarda na engenharia
A primeira fase do projeto, iniciada em julho de 2023, utilizou uma solução de engenharia inovadora: a aplicação de geodreno (também conhecido como Prefabricated Vertical Drain – PVD) com o objetivo de acelerar o adensamento do solo mole, melhorar sua estabilidade e reduzir recalques ao longo do tempo. Essa tecnologia foi decisiva para superar o desafio de executar um grande volume de terraplenagem em tempo reduzido.
“O solo úmido da região era uma preocupação, pois precisávamos finalizar o aterro de sobrecarga antes do início do período chuvoso, em novembro de 2023, e removê-lo em tempo hábil para executar a terraplenagem até março de 2024. A adoção de geodrenos e tecnologias de controle de produção aplicadas aos equipamentos foram essenciais para essa otimização”, explica Márcio André Coelho Reis, superintendente de Obras da CBM.
Além da engenharia de vanguarda, Reis destaca a excelência operacional e tecnológica da CBM. “Integramos soluções como a modelagem BIM 3D, o uso de machine control embarcado nos equipamentos e a mensuração de performance por meio de sistema de gestão de frotas com recursos pioneiros no mercado. Esses diferenciais contribuíram diretamente para a antecipação dos prazos e o cumprimento do orçamento”.
Segurança e legado para a comunidade
Mesmo com a operação do aeroporto em andamento, a obra foi realizada com total segurança: foram 18 meses sem registro de acidentes.
Como parte de seu compromisso para a sociedade, o Consórcio Bem Voar também investiu em iniciativas sociais. Em Macaé, a comunidade Piracema foi beneficiada com a implantação de um projeto de Jiu-Jitsu, desenvolvido pelo Instituto Acesso com apoio do consórcio, voltado ao desenvolvimento de crianças e adolescentes da região.
A obra em números
– Terraplenagem: 1,13 milhão de m³
– Colchão drenante: 80 mil m³
– Geodrenos instalados: +214 mil m
– Geocélulas (Neoloy): 37,5 mil m²
– Drenagem (pré-moldados): 1,5 mil m
– Pavimento flexível (CAUQ): +10,6 mil toneladas
– Pavimento rígido (concreto): 7 mil m³
– Plantio de grama e hidrossemeadura: 373 mil m²
– Inspeções realizadas: +3,9 mil
– Horas trabalhadas sem acidentes: +870 mil
