O desmonte do PAC

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O nome até que é pomposo: Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Pena que tenha vida curta e, em muitos casos, sequer conseguiu, até aqui, dizer a que veio. Um programa dessa natureza não poderia ter os dias contados. Precisaria avançar em todas as áreas para as quais foi destinado e teria de contar com recursos suficientes e contínuos. Mas falhou, desde o início, nos projetos e, depois, nas ações. No conjunto, o PAC hoje é um volume da ordem de 400 obras paradas, incluindo aquelas do governo federal, estados e municípios.

 

O desmonte é visível na proposta urdida nos gabinetes de Brasília que prevê, no orçamento do ano que vem, uma redução de R$ 17 bilhões nos investimentos programados para obras, em especial na área da infraestrutura.

 

Importante destacar a manifestação do presidente Carlos Eduardo de Lima Jorge, da Comissão de Obras Públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), sobre o processo de desmonte do PAC, publicada no boletim nº 1114 da Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop):

 

“ O desmonte do PAC se dá praticamente sem negociação com os diversos agentes – os governos dos estados e dos municípios, os próprios órgãos federais envolvidos, como a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e as construtoras de todo o País. Estas duramente afetadas e surpreendidas por interrupções e cancelamentos de obras e por sistemáticos atrasos de pagamento, e, assim, compelidas à dispensa de centenas de milhares de trabalhadores nas obras públicas”.

 

Lastimavelmente, o PAC foi mais marketing do que ação efetiva em favor da atualização e modernização da infraestrutura brasileira.  Foi bom enquanto durou.  

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


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