Diversos conceitos orientaram a criação dos projetos do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CPD) da Souza Cruz: funcionalidade das instalações, ambientes agradáveis para a pesquisa, facilidades operacionais e de manutenção das unidades, arquitetura moderna, economia de energia, preservação do meio ambiente, localização junto ao lago artificial existente, segurança pessoal, operacional e patrimonial, e soluções flexíveis, sem esquecer que deveria ser a melhor solução do ponto de vista econômico. Além disso, o CPD teria de ser inserido na planta da empresa, que está instalada em uma grande fazenda, a qual conta com um parque ecológico ao seu redor, aberto à visitação pública, e que foi idealizado por um consultor especial quando da primeira etapa das obras, que foram terminadas em 2003 e trataram da implantação da fábrica da companhia. “Tendo em conta esses conceitos, além de outros específicos, em conjunto com a engenharia da Souza Cruz e os usuários (pesquisadores) do CPD, a Minerbo-Fuchs desenvolveu um concurso interno de arquitetura e engenharia. Quatro de seus arquitetos experientes formaram equipes com engenheiros de todas as especialidades envolvidas, para elaborar a concepção das instalações do CPD, apresentando duas ou mais alternativas de projetos. As versões iniciais foram analisadas em conjunto com a engenharia da Souza Cruz e os pesquisadores, que escolheram oito projetos. Depois, por meio de votação, foi escolhida aquela considerada mais adequada, a qual foi referendada pela direção da companhia”, relata o engenheiro Mário Philippsen, diretor da Minerbo-Fuchs. Na seqüência, ela foi desenvolvida em nível de projeto básico, com estimativa de custos correspondentes, determinando com clareza o que seria implantado. Para tal, foi considerada a complexidade e o refinamento das instalações, uma vez que o CPD atende às empresas do grupo Souza Cruz na América Latina e Caribe. A etapa seguinte consistiu na elaboração da execução completa de arquitetura, estrutura de concreto e metálica, instalações elétricas, de gases especiais, utilidades, HVAC, informática, comunicação, segurança, proteção contra incêndio, exaustão de capelas dos laboratórios, mobiliário em geral dos laboratórios e escritórios, decoração, paisagismo e outros. Após isso, a Souza Cruz contratou empresas para implantar os prédios e instalações, o que sempre levou em consideração o fato de funcionar na área a fábrica da companhia, que foi implantada obedecendo aos mesmos conceitos. A Minerbo-Fuchs também foi contratada para gerenciar e fiscalizar todas as atividades desde as fundações até o paisagismo e a decoração. O CPD possui instalações diferenciadas, com complexidade bem acima da média em relação a laboratórios químicos, farmacêuticos ou de universidades. “Foi um desafio gerenciar as interfaces em prazo curto, sem esquecer que houve também a ocupação dos laboratórios, antes da inauguração, pelos pesquisadores, que vieram transferidos do Rio de Janeiro, o que exigiu uma logística especial”, destaca Philippsen. Ainda segundo ele, não se pode esquecer que foram aplicados acabamentos específicos e diferenciados em relação a outros laboratórios. Cada sala ou conjunto de laboratórios tem características próprias de uso, requerendo materiais adequados, assim como condições próprias ambientais (temperatura, umidade e exaustão). (R.C.S.R.)
Fonte: Estadão