Sensores vão monitorar por 24 horas/dia ponte de New Orleans

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Um total de 340 sensores, incluindo de pesagem em movimento dos veículos, medidores de corrosão, esforço, torção, inclinômetros, acelerômetros, células para medir pressão d’agua etc., vão acompanhar as condições estruturais da ponte que mede 8.640 m, com dois vãos idênticos, na rodovia I-10, recuperada ao custo de US$ 803 milhões após danos severos causados pelo furacão Katrina em 2005, e que fica perto de New Orleans, Louisiana, Estados Unidos. Os dispositivos embutidos desde o tabuleiro até os pilares já validaram cálculos de projeto e construção ao longo das obras, antes mesmo de o sistema todo ser ativado em outubro próximo.

É o mais completo sistema de monitoramento instalado no mundo, que permite acompanhar os efeitos da passagem de caminhões pesados na ponte, a partir da superestrutura até as fundações, os efeitos das ondas e ainda eventual impacto de uma embarcação. A Geocomp Corp. instalou os sensores e projetou a rede de gestão de dados coletados.

A ponte construída na década de 60 sobre o lago Pontchartrain foi destruída por ondas de 10 m de altura provocadas pelo furacão Katrina. Agora, o departamento de transportes de Louisiana projetou uma estrutura mais alta e reforçada, incorporando elementos redundantes para resistir a impactos de navio, ondas e ventos originados de eventos desse tipo.

O departamento aproveitou a nova obra e qualificou sua divisão de pesquisas para receber US$ 650 mil de fundos federais para desenvolver e instalar o sistema de sensores, destinado a monitorar os esforços na fase de construção e o desempenho da estrutura ao longo da sua vida.

Um teste de carga lateral foi efetuado em fevereiro de 2009, para validar cálculos das estacas de fundação para resistir impactos de barcaças e ventos de furacão. Dois pilares em vãos opostos foram envolvidos por cabos de aço e dois macacos hidráulicos aplicaram 1.800 kips de pressão horizontal – para verificar se as fundações se comportariam conforme previsto no projeto.

Para medir o movimento lateral e rotação dos topos das estacas, a Geocomp empregou uma estação topográfica robótica no topo de uma estaca adjacente que não recebeu carga. Para mostrar os resultados do teste, uma tela plana projetava os números processados por computadores localizados a 2 mil km de distância, em Massachusetts, que recebia os dados enviados por internet. Os projetistas no escritório e a equipe da obra comemoraram o deslocamento próximo a ¾ de polegada, conforme previsto nos cálculos do projeto estrutural.

Uso crescente de tablets
esbarra no suporte técnico

Na medida em que cresce o número de construtoras que adotam os tablets nos canteiros de obras nos Estados Unidos, conectando o pessoal da obra com o próprio escritório, o cliente e o projetista, surge a questão de suporte técnico em casos de pane e treinamento no uso do software — de modo que o tempo ganho com seu uso não seja desperdiçado com o tempo gasto no suporte. Essas dúvidas aparecem numa pesquisa do provedor de software Vela Systems.

As construtoras, em média, possuem pequenos departamentos de Tecnologia da Informação, o que dificulta as atividades de treinamento e suporte. Softwares de colaboração, como o Sharepoint da Microsoft, permitem que demonstrações e dicas sejam postadas e compartilhadas. Até tarefas básicas, como criar um PDF, precisam ser ensinadas porque há profissionais que tem dificuldade de pedir ajuda. Segundo a consultoria especializada Gartner, o iPad da Apple vai dominar mais da metade do mercado dos tablets até 2015, vindo em seguida os modelos que usam o sistema Android.

Portal web mapeia
redes subterrâneas na Inglaterra

Intelligent Trench é um sistema de mapeamento baseado na web cujo banco de dados cresce cada vez que uma utilidade pública coloca um marcador por rádio frequência (MRF) numa rede enterrada escavada. Quando a vala é aterrada, o marcador permanece emitindo seu sinal de identidade que é único e traz um pacote de dados sobre o que existe ao redor no subsolo. Este mapeamento é superposto aos mapas Google e lido por localizadores conectados ao GPS que são empregados pelas equipes de obras.

Essa ferramenta está sendo utilizada pelo distrito de Westminster, Londres, Inglaterra, que abre cerca de 20 mil valas nas ruas por ano, com cerca de 20% para efeitos apenas exploratórios. O mapeamento é compartilhado por todas as empresas de utilidades e empreiteiras contratadas.

Os mapas na web podem ser consultados sem custos, mas o localizador para encontrar os MRF custa US$ 1.400,00 e o modelo específico para identificar cabos custa US$ 4.000,00. Existe ainda o custo do software PDA — Personal Digital Assistant —, que faz a interface com o GPS, e o custo de acesso ao portal. Segundo fontes da Bentley Systems, o sistema será comercializado nos Estados Unidos em breve.

Modalidade projeto+obras
reduz prazo pela metade

Uma obra rodoviária em Phoenix, Arizona, Estados Unidos, que levaria 18 meses para projetar e mais um ano para construir ficou pronta em oito meses. Trata-se da execução de 48 km de faixas de tráfego restrito na Loop 101, ligando a rodovia estadual 51 com a federal I-10, ao custo de US$ 90 milhões, contratada com o consórcio Kiewit Corp. e Sundt Construction.

O consórcio trabalhou junto com as projetistas Parsons e URS para poder iniciar as obras com apenas 15% do projeto detalhado. Essa atuação conjunta dos consórcios construtor e projetista, a revisão e aprovação de documentos reduziram-se em dias. A despeito das condições precárias do solo, que teve que ser tratado por diversos métodos, e as pesadas chuvas de verão e calor intenso, as obras seguiram sem interrupções significativas, com previsão para entrega em outubro próximo.

Ponte recebe o maior tabuleiro de
polímero reforçado com fibra de vidro

O tabuleiro da ponte Morrison, em Oregon, Estados Unidos, de polímero PRFV mede 1580 m² e 1,27 m de espessura e é montado com placas de base parafusadas sobre vigas, sobre as quais vão placas de revestimento de mesmo material, também parafusadas, que serão tratadas com camadas de polímero, uma malha tipo tecido e um acabamento impregnado de minerais. Esta solução foi adotada após a reforma da ponte Broadway em 2010, usando a mesma técnica, que reduziu os acidentes de automóveis de forma dramática.

Este tabuleiro de PRFV, projetado pela ZellComp em ambos os casos, fornece uma superfície de rodagem similar ao concreto ou asfalto, eliminando as características deslizantes de um tabuleiro metálico. A projetista informa que já está na oitava obra com este tipo de material, cujo método de montagem não requer uso de adesivos no s

ítio e permite visualizar as conexões feitas.

Óleo de xisto abre
novas frentes de obras nos EUA

Considerado o maior projeto de construção iniciado nos Estados Unidos, o complexo industrial para extrair o óleo do campo de xisto de Bakken, nos estados de North Dakota e Montana, vai demandar US$ 8 bilhões de recursos em terminais ferroviários, tancagem, oleodutos, plantas de gás natural, poços de produção, upgrade de rodovias, redes de água etc.

O campo se estende por 39 mil km² e produzira 300 mil barris de óleo/dia na 1a etapa, podendo chegar a 1,2 milhões de barris/dia em 2015. A quantidade de projetos e obras, o cronograma e o clima frio fazem lembrar a epopéia na execução do oleoduto do Alaska. A Rangelland Energy está construindo um terminal de óleo bruto para acomodar trens de 120 vagões, para movimentar 80 mil barris/dia. Será o primeiro polo de óleo cru de acesso aberto e entrará em operação em janeiro de 2012.

Outra frente em franca movimentação são os oleodutos, inclusive o projeto Transcanada Keystone, que depende ainda de autorização federal, e trechos do oleoduto Plains Bakken já em obras, ao custo estimado de US$ 1 bilhão.

Fonte: Estadão


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