Augusto Diniz
A Associação de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que congrega as empresas atuantes da cadeia do setor, calcula que até 2018 os investimentos no segmento devem chegar a R$ 12,5 bilhões. O valor envolve projetos, montagem de plantas e equipamentos.
Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da entidade, explica que a energia solar fotovoltaica já existe há décadas no Brasil, mas tratava-se de sistemas desconectados da rede, implantados em áreas remotas e isoladas. O impulso veio em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabeleceu a Resolução Normativa (RN) 482 de microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica.
“De lá para cá, a energia solar só cresceu”, afirma. “A RN permitiu pessoas físicas e jurídicas terem sua própria fonte renovável, com o excedente podendo ser disponibilizado na rede, em forma de crédito.
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” Em 2015, veio uma nova RN da Aneel, a 687. “Ela aprimora a Resolução Normativa 482”, explica Rodrigo. Em março último, a RN 687 entrou em vigor.
As novas regras estimulam a geração distribuída de energia solar fotovoltaica, em novas modalidades, como a geração distribuída em condomínios com múltiplas unidades consumidoras.
“Com essa nova regulamentação, dá-se mais possibilidade de o segmento crescer”, avalia o executivo, porque criam novas opções de instalação do sistema solar fotovoltaico. A geração distribuída é aquela produzida próxima ao consumidor.
Geração centralizada
Já a geração centralizada é aquela produzida de forma extensiva em usinas de energia solar fotovoltaica, para disponibilização na rede elétrica. Rodrigo Sauaia conta que esse modelo começou a avançar em 2013, quando o governo de Pernambuco fez leilão estadual da matriz energética para atender a própria máquina pública.
Naquela ocasião foram contratadas cinco usinas, representando um total de 92 MW de energia gerada. Em 2014, o governo federal fez o primeiro leilão de energia de reserva solar fotovoltaica, onde foram negociados cerca de 1.
000 MW contratados. Em 2015, foram mais dois leilões de energia de reserva, com a contratação de 2.000 MW.
“Há, pelo menos, 3.300 MW contratados e 99 projetos a serem construídos até 2018”, menciona o presidente-executivo da Absolar. Segundo ele, 10% deles já começaram a ser erguidos.
“As obras das usinas são relativamente rápidas, levam menos de um ano. Por isso, os projetos começaram a ser desenvolvidos agora para serem entregues a partir do ano que vem, conforme estabelecido em contrato”, analisa Rodrigo. “Em 2017 deve haver o pico das obras dessas iniciativas.”
O executivo avalia um crescimento constante dos segmentos nos próximos anos. Os projetos se concentram nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Em 2016, estão previstos mais dois leilões de energia solar: um em julho e outro em outubro.
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Entraves
No entanto, Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar, aponta algumas preocupações com o desenvolvimento do segmento. São entraves que podem inibir o crescimento da área.
O primeiro deles, de acordo com o executivo, são as poucas linhas de financiamento ao segmento, por meio de bancos públicos, fundos constitucionais e de desenvolvimento regional, com taxas de financiamento compatíveis com o risco baixo desse tipo de empreendimento.
Há necessidade de ampliação do convênio ICMS 16/2015, que isenta de impostos a microgeração e minigeração, já implantadas em 16 estados. “Também reivindicamos a redução tributária de equipamentos e insumos, existente em outros segmentos de energia renovável, como IPI, PIS e Confins”, afirma Rodrigo.
Sobre a tecnologia, o executivo da Absolar explica que o País é um ergente no segmento, com desenvolvimento crescente no campo tecnológico. “É preciso inserir a tecnologia na cadeia da energia solar, primeiro, para depois adaptá-la à realidade brasileira”, avalia.
Ele vê os sistemas fotovoltaicos em ambientes construídos ganhando potencial – o modelo integra a chamada geração distribuída.
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“A possibilidade de implantação de módulos fotovoltaicos em telhados de shoppings, edificações públicas e privadas (escolas e hospitais, por exemplo), dentre outros, é uma realidade”, ressalta Rodrigo Sauaia.
Engenharia
A So-Tec francesa é uma das empresas que vieram de fora trazendo know how para atuar no mercado brasileiro crescente de energia solar. O engenheiro mecânico Regis Carvalho Esteves representa a companhia no Brasil, cuja subsidiária foi aberta no ano passado.
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A So-Tec conta ainda com a brasileira Seatec, uma empresa de engenharia de projetos de microgeração, para se expandir no País. O proprietário da Seatec tem experiência de 15 anos em energia renovável.
Juntando essas experiências é que Regis acredita avançar nos mercados de geração distribuída e concentrada – sua empresa ainda trabalha para fechar seu primeiro negócio no País. “O planejamento de um empreendimento desse tipo deve ser focado na execução. Por isso, o projeto precisa ser flexível”, diz.
Segundo o engenheiro, o foco maior hoje da So-Tec tem sido nos projetos de usina de energia solar contratados a partir dos leilões de reserva. Quanto às iniciativas de microgeração, ele acredita em pouco avanço no momento.
Regis aponta que os projetos vencedores do primeiro leilão de reserva, o de 2014, serão os mais exigidos pelo investidor na execução, porque foram contratados com valor do dólar ainda baixo em relação ao real.
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“Esses projetos deverão ser otimizados, para ter custo competitivo”,avalia.
Para o engenheiro, os desafios desse segmento têm sido a formação de mão de obra no País, num tipo de empreendimento onde a montagem é a principal fase do trabalho. “Tem que se ter equipamento adequado. Além disso, as sondagens do terreno precisam ser bem feitas, onde será implementada a usina, para evitar problemas e grandes desníveis”, destaca. “O trabalho é muito concentrado na montagem das estruturas e nas instalações da rede.”
Fonte: Redação OE