Não necessariamente nessa ordem, mas os objetivos de que tratam essas palavras têm sido o motivo maior da ação de operadores, dos trabalhos de arquitetos e engenheiros e da expectativa dos usuários dos aeroportos do mundo. E, aqui no Brasil, não tem sido diferente. Segurança, conforto e eficiência tornaram-se compromissos contratuais das concessionárias, que trabalham para cumpri-los. Um exemplo é o terminal 3 de Guarulhos. O Aeroporto dos Guararapes (Recife, PE), que, no entanto, continua a ser gerido pela Infraero, também merece o reconhecimento público que o público lhe confere, conforme mostra reportagem desta edição.
Há tempo, mas com maior ênfase na etapa pré-Copa do Mundo, os graves defeitos dos aeroportos brasileiros – acanhados, precários, ineficientes – levaram alguns arquitetos a afirmar que eles sintetizavam, no todo e em parte, sobretudo no arrocho nas salas de check-in, e nas alas de embarque e desembarque, algo que poderia ser classificado como “complexo de rodoviária”.
Esse sentimento não desapareceu de todo.
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Perdura e parece de difícil erradicação quando se chega à maior parte de nossos aeroportos. A rigor, somente naqueles concedidos é que se veem cuidados resultantes do planejamento espacial, na facilidade em favor da mobilidade dos passageiros, na melhoria do atendimento nos balcões de check-in, na área reservada ao atendimento à imigração e em outras instalações, como as esteiras transportadoras de bagagem, toaletes e oferta de outros serviços.
Obviamente o problema dos acessos aos aeroportos continua a ser um dos fatores de maior desconforto. O planejamento deixou-se de prever ou não conferiu a importância necessária à construção e operação dos mais adequados modais de transporte para aqueles fins – os metrôs e os trens metropolitanos. Os passageiros, portanto, continuam a depender dos serviços, notoriamente insatisfatórios e caros, de táxis e ônibus.
No Aeroporto de Guarulhos, por exemplo, uma única cooperativa de táxi detém o monopólio desse serviço — algo inconcebível. Já no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, Estados Unidos, são dezenas de empresas de táxi, limusines, vans e ônibus à disposição dos passageiros no desembarque.
Outro dado que tem chamado a atenção diz respeito à defasagem ou à carência de instrumentos avançados de segurança para as operações de pouso e decolagem em condições atmosféricas adversas. E não estamos nos referindo a aeroportos disseminados em especial na Região Norte, onde nem sequer se fala disso.
Hoje, é absolutamente inconcebível que mesmo aeroportos regionais, mas de importância estratégica pela localização ao lado de grandes metrópoles, como é o caso da base aérea do Guarujá, no litoral sul paulista, prossigam operando sem instrumentos atualizados de segurança, contando apenas com precários aparelhos de comunicação por rádio. A tragédia ocorrida em Santos, com sete vítimas fatais, uma delas o ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, evidenciou esse descalabro e requer que essa grave questão seja repensada com urgência.
Precisamos erradicar, dos aeroportos brasileiros, o “complexo de rodoviária”, conquanto possam estar funcionando, por aí, rodoviárias mais bem projetadas do que muitos aeroportos regionais. (Nildo Carlos Oliveira)
Fonte: GTA