Augusto Diniz
Ofuturo da tecnologia na área de construção e engenharia se apoia na mobilidade como instrumento essencial para execução dos projetos. No entanto, para a empresa líder no mundo em pesquisa e aconselhamento sobre TI, o Gartner, o uso de equipamentos móveis, como smartphones e tablets, no canteiro de obra, enfrenta problemas de prestação de serviço e qualidade.
“A receita das operadoras (de telefonia) é de 13% no mundo corporativo. E 80% dos celulares são pré-pagos. A mobilidade é ainda focada para atender o consumidor”, explica Elia San Miguel, analista do Gartner. De acordo com ela, isso demonstra que falta política das empresas de telecomunicações no mercado corporativo em um segmento que tem enorme potencial.
“Não existe no Brasil qualidade de serviço móvel disponível”, afirma. Em se tratando de acesso remoto a arquivos de projetos com volume de dados em megabytes ou gigabytes, a situação preocupa.
A empresa aponta que em todos os setores da economia o uso de equipamentos móveis no meio corporativo será amplamente adotado por conta da consumerização (termo adotado pela utilização de dispositivos pessoais no trabalho). Uma pesquisa da organização indica que em 2016, 78% dos aparelhos no mundo serão smartphones.
As tecnologias móveis são o segundo item de prioridade que as empresas têm para 2013 em outra recente pesquisa do Gartner na América Latina. O tópico perde somente para o chamado conceito de Business Intelligence (Inteligência Empresarial), que é a capacidade de uma organização coletar, organizar, analisar, compartilhar e monitorar as informações para apoiar a gestão dos negócios.
De acordo com Henrique Cecci, diretor de pesquisa do Gartner, o desafio das empresas de construção é como lidar com o crescimento da informação e a necessidade de processá-las para atender às demandas. “Tem que aprender a usar. Processar informação analítica e não somente colaborativa. A comunicação convergente é fundamental”, avalia o executivo.
Fonte: Revista O Empreiteiro