Os investimentos para elevar a capacidade de produção no Estaleiro Rio Grande devem alcançar R$ 400 milhões até o fim do ano. Segundo a Ecovix-Engevix, proprietária do estaleiro, o objetivo é dar mais eficiência ao projeto de construção de oito cascos FPSO (plataforma offshore de produção, armazenamento e descarregamento, na sigla em inglês) da Petrobras. Outros R$ 600 milhões devem ser injetados no polo naval local, numa segunda fase, informa a empresa.
Os oito cascos contratados se destinarão às plataformas P-66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71, P-72 e P-73, para a exploração de petróleo na camada do pré-sal na Bacia de Santos. Segundo a Petrobras, o valor total do contrato com a Ecovix-Engevix é de US$ 3,4 bilhões.
O Estaleiro Rio Grande, no município de Rio Grande (RS), a cerca de 300 km da capital Porto Alegre, se compõe de três estaleiros: ERG1, ERG2 e ERG3. O primeiro está envolvido exclusivamente nos contratos do pré-sal. No segundo estaleiro, de acordo com a Ecovix-Engevix, se trabalha na construção da fábrica de blocos, com capacidade para produzir 8,5 mil t/mês. O terceiro estaleiro do polo naval aguarda obtenção da licença de instalação. A empresa anunciou também, no fim do ano passado, a aquisição de um pórtico-guindaste mais potente para o seu dique seco. O equipamento, que deve começar a operar em outubro, é um pórtico rolante Golias, da empresa Konecranes, com capacidade para elevar até 2 mil t e largura de 210 m.
Em junho último, em Rio Grande, a produção mensal de aço processado estava na faixa de 6,5 mil t, destinada aos dois primeiros cascos do projeto, para as plataformas P-66 e P-67. Os blocos construídos com o aço são unidos a outros blocos, formando megablocos. Um casco FPSO se constitui da junção de 18 megablocos. Trabalhavam no projeto cerca de 1,5 mil pessoas, entre elas, engenheiros, soldadores, eletricistas e montadores. A expectativa é chegar ao fim do ano com 3,2 mil empregados e, no pico das obras, a 5 mil.
Os dois primeiros cascos devem estar prontos em 2013 e os demais ao longo dos anos seguintes, até o fim de 2015. A Petrobras já anunciou que sua meta é alcançar, em 2017, produção diária superior a 1 milhão de barris de óleo nas áreas do pré-sal que explora.
Fonte: Padrão