Grandes obras em destaque

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De 2002 para 2006, o grupo Odebrecht passou de um faturamento de US$ 1,2 bilhões para US$ 3,5 bilhões; o lucro antes das despesas financeiras, dos impostos e da depreciação (EBITDA) pulou US$ 120 milhões para US$ 257 milhões, e o número de parceiros de empresas-parceiras cresceu de 87 para 97. A Odebrecht foi uma das principais líderes no Ranking da Revista O Empreiteiro, edição 500 Grandes da Construção. “Tal desempenho não deveu-se a um fator único”, destaca Benedicto B. da Silva Júnior, diretor superintendente, “mas a uma combinação de ações e, principalmente, a um maior foco na seletividade, na busca de obras de grande porte, para que a Odebrecht pudesse fazer a diferença para seus clientes, enfoque perseguido com maior determinação pelo grupo a partir de 2002”, diz ele. Naquela ocasião foi traçada nova estratégia de expansão priorizando a busca por grandes obras que permitissem à companhia aproveitar seu know-how técnico na agregação de maior valor tanto na parte da engenharia como de suporte global para a viabilização das obras. “E, como a opção estava correta, colhemos os resultados muito antes do tempo imaginado”, destaca Silva Júnior. Por conta disso, as metas já foram revisadas para cima: o novo objetivo é chegar a 2010 com faturamento de U$ 6 bilhões. Para o executivo, o novo foco permitiu que a construtora deixasse de gastar energia, tempo e equipes com obras de menor porte, que não agregava valor ao negócio. Além disso a CNO colhe os frutos de um avanço no mercado externo aproveitando o momento de expansão mundial da infra-estrutura, como o que ocorreu no Peru, listado como um dos principais países latinos que demandaram obras nos últimos quatro anos. “Estamos presentes em 19 países. E muitos estão conseguindo avançar mais rapidamente na execução de infra-estrutura por causa de uma legislação mais flexível”, diz. A Odebrecht voltou a atuar na América Central a partir de 2003 com a construção do Aqueduto Noroeste, na República Dominicana. Hoje, também possui um escritório no Panamá. Em 2004, avançou para o Oriente Médio, onde abriu uma base de operações nos Emirados Árabes Unidos. “Mesmo assim, o Brasil ainda representa mais de 30% do nosso resultado”, destaca. A tendência clara, segundo Silva Jr., é de expansão dos investimentos em todas as áreas de infra-estrutura no país. “Nossa expectativa é de que no próximo ano o País invista maciçamente na infra-estrutura de transporte, sejam rodovias, hidrovias ou ferrovias, vetor em que a empresa pode agregar valor em todos os campos”, diz. A CNO anunciou recentemente a criação da Odebrecht Investimentos e Infra-Estrutura (OII), especialmente dedicada a concessões públicas e PPPs (parcerias públicos-privadas). A empresa planeja investir US$ 1 bilhão por ano, ao longo de uma década, em grandes obras no Brasil e no exterior, aplicando recursos próprios e parcerias. Atualmente a empresa já atua em concessões públicas no Brasil, em Portugal e no Peru, país cujo o investimento já alcança o volume de US$ 1,2 bilhão. Os últimos anos também estão sendo marcados pela criação de novas empresas e negócios. Para orientar melhor a atuação na área imobiliária, por exemplo, foi criada em 2004, a Odebrecht Empreendimentos Imobiliários, empresa que atua no Brasil, desenvolvendo empreendimentos comerciais e residenciais, destinos turísticos e complexos de lazer e entretenimento. Em 2005, nasceu a Lumina Engenharia Ambiental, com foco na gestão de resíduos urbanos e industriais, diagnóstico e recuperação de áreas contaminadas, reuso de águas utilizadas e implementação e operação de estações de tratamento de esgoto. Nesse mesmo ano, foi criada a Olex – Odebrecht Logística e Exportações que além de apoiar os contratos da Odebrecht no exterior com exportações, também presta serviços de consultoria e fornece soluções de logística integrada a outras empresas exportadoras. A carteira atual de obras da Odebrecht no Brasil é extensa e abrange, por exemplo, os aeroportos Santos Dumont e de Goiânia, além dos metrôs de São Paulo e Rio de Janeiro, e um conjunto de obras rodoviárias no Nordeste. “Outro filão em que estamos atuando fortemente é na mineração, com um grande volume de serviços para a Companhia Vale do Rio Doce (CVDR) no Pará (Carajás) e São Luís do Maranhão. A empresa é também a líder do consórcio formado com a Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia, e que será responsável pelas obras da Refinaria Abreu e Lima a ser construída na área do complexo portuário de Suape, região metropolitana de Recife, investimento compartilhado entre os governos brasileiro e Venezuelano. As obras de terraplenagem vão movimentar cerca de 26 milhões de m³ de terra.
Fonte: Estadão


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