A engenharia estrutural e o crescimento econômico

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A necessidade é a mãe do desenvolvimento? Pelo menos, há algumas centenas de anos, era. E agora? Qual a relação entre a produção de uma nação e seu desenvolvimento? A resposta é complexa e abrange áreas que a engenharia não domina per si. Porém, nos dias que vivemos, não é difícil perceber que, se a produção não gerar desenvolvimento, corre-se o risco de convulsão social, tamanhas são as demandas sócio-econômicas dos países em desenvolvimento e tamanho o poder de organização das sociedades modernas. Ou seja, em grande parte, o desenvolvimento é impulsionado por fatores associados às demandas das sociedades, em particular aquelas ligadas ao bem-estar da população e ao acúmulo de riquezas. O Brasil das últimas três décadas passou por períodos quase contínuos de recessão econômica, tendo em geral um aumento de PIB vegetativo. Conseqüência: as atividades produtivas que envolvem investimento com valor agregado elevado – caso da construção civil – também caminharam por essa trilha de pequeno crescimento, salvo alguns vôos de galinha. Na construção civil, esse panorama provocou ,conseqüências óbvias, dentre as quais, atrasos no desenvolvimento tecnológico; demora na implantação de sistemas de qualidade e gestão eficazes; acirramento da competição na conquista de mercado permanentemente em busca de preço sem ponderar benefícios, etc. Felizmente, pode-se dizer que após a estabilização da moeda, o quadro começou a mudar: hoje estamos à beira de um período de crescimento setorial contínuo e sustentável. Nesse caso, a indústria brasileira de projetos de estruturas, que há 13 anos vem se organizando através da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), poderá contribuir de maneira inequívoca para o crescimento do Brasil. Esse segmento, que aproveitou a longa crise para se desenvolver tecnologicamente, está preparado para atender à demanda do crescimento econômico brasileiro, desde a construção de barragens, obras de arte, edificações habitacionais, comerciais e industriais, até todo tipo de construção necessária à modernização da nossa infra-estrutura urbana. Nossos governantes e a iniciativa privada, antes tarde do que nunca, já anunciam que a construção civil é um setor que abriga oportunidade de emprego e assegura melhor qualidade de vida para a população. Estamos prontos e garantimos qualidade e competitividade em nível internacional para os projetos de estruturas produzidos no Brasil.  

* José Roberto Braguim é engenheiro e presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece).

Fonte: Estadão


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