A manifestação. E a resposta que o governo ainda não deu

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A manifestação foi histórica. Refletiu a vontade do povo pelo mapa dos principais estados e cidades brasileiras. Em São Paulo, ocupou a Paulista e adjacências, como possivelmente nunca, antes,   haja ocorrido.  À margem do conteúdo prioritário das mensagens  – o desejo de que alguma coisa concreta seja feita em favor da sociedade e do crescimento da economia, para a conquista de um País para todos – houve reivindicações descabidas para um retorno a uma situação que a redemocratização sepultou.

Mas, apesar das mensagens claras para mudanças que resolvam os problemas do bolso do contribuinte,  o governo aparentemente não entendeu ou não quis entender nada. Tanto é, que os dois ministros escalados para a coletiva de imprensa se limitaram a uma fala burocrática e óbvia.

No fundo, o que a multidão pediu é uma alteração de rumo.
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Afinal, a velha classe média está esgotada.  Outras classes também estão.  Por isso, que tal o governo alterar o discurso e, sobretudo, alterar as práticas da governabilidade?

Se possível, a mudança começaria pela cúpula.

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Por que 39 ministérios? Apenas para acomodar os partidos que dão ao governo uma precária base de sustentação?

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Quanto custa um ministério todo dia e todo ano?  Há um programa criteriosamente elaborado para bloquear as causas do desemprego? Acaso ele já possui um esquema para tornar viável a retomada de tantas obras públicas paradas? Os ajustes previstos na economia vão ajudar a recuperar o poder de compra da população?

São muitas as indagações. Mas o governo vem a público e prefere falar daquilo que a Polícia Federal e o Ministério Público já estão cuidando. A população quer outras respostas.

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E, para ela, o governou ainda não encontrou as respostas adequadas. Esperemos.

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


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