Aço tipo exportação

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A produção da siderúrgica da Thyssen Krupp, Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) – localizada no distrito industrial de Santa Cruz (RJ) – será totalmente destinada às unidades do grupo nos Estados Unidos e Europa. A previsão é de que a fábrica, com capacidade de fabricação de 5 milhões t anuais de semi-acabados (placas), inicie a produção integrada em março de 2009. “O Brasil é uma importante peça de nossa estratégia de expansão nos próximos anos, para nos mantermos como um dos mais importantes players do setor e reforçamos a nossa presença internacional”, destaca Hans-Ulrich Lindenberg, membro do Conselho Executivo. Serão 3 milhões t de chapas para uma unidade de acabamento norte-americana e 2 milhões t para o plano de expansão na Europa. O projeto prevê a construção de uma coqueria de 1,9 milhão t, uma sinterização de 5,7 milhões t e dois altos-fornos aptos a produzir 5,3 milhões t/ano de gusa. A demanda de carvão prevê a importação de 4 milhões t. A Companhia Vale do Rio Doce responderá pelo fornecimento de 130 milhões t de minério de ferro ao longo de 15 anos, maior contrato individual da empresa com uma siderúrgica. De um lado, o empreendimento deverá injetar US$ 500 milhões em aquisições e contratações no Estado do Rio de Janeiro. Do outro, terá o ônus de importar 600 funcionários da estatal chinesa Citic para trabalhar na obra da coqueria, enfrentando protestos até do maior sindicato alemão, o IG Mettal. A construtora Hochtief é responsável pela obras do alto-forno e prevê o consumo de 63.500 m³ de concreto, 6.175 t de aço, 108.000 m² de formas, para obras de fundações e estruturas, destaca André Glogowsky. “Trata-se do maior empreendimento em execução hoje no País”, ressalta, destacando ainda a disposição da empresa em disputar outros pacotes. “O momento atual é positivo para o setor de construção industrial, com muitas obras nas áreas de siderurgia, mineração e petroquímica, demandando um grande volume de mão-obra. Como a construção brasileira ficou parada por um bom período, está faltando pessoal especializado. Será preciso atrair novamente esse pessoal e dar qualificação, para atender a todos os projetos que devem ocorrer, pelo menos, nos próximos três anos”, destaca. (M.R.S)
Fonte: Estadão


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