Empresa é referência de projetos de saneamento e se faz presente em grandes obras no País
A essa empresa de serviços de engenharia majoritariamente coube, ao longo dos anos, projetos na área de saneamento ambiental, como implantação de redes de distribuição de água, coleta e destinação final de esgoto, além da execução de estações de tratamento. É uma tarefa essencial, tendo em vista o baixo nível de desenvolvimento do saneamento no Brasil e o longo caminho esperado até a universalização dos serviços de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto e manuseio de resíduos sólidos. Assim estabelece o Plano Nacional de Saneamento Básico, o Plansab, aprovado no fim do ano passado.
Mas qual seria a principal característica e qualidade de uma empresa de engenharia que chega a três décadas de projetos e obras? O que assegura a longevidade? Segundo o corpo de gestores e engenheiros da Aliter, é a opção, sempre, pelos melhores profissionais e tecnologias, o resultado de processo contínuo de desenvolvimento de talentos, aprimoramento de processos e inovação.
Pioneirismo
Por exemplo, a Aliter tornou-se uma das referências principais de métodos não destrutivos de escavação. Data de 1997 o começo do processo contínuo de aquisição de máquinas automáticas para execução de túneis pelo método de tubo cravado (pipejacking), com diâmetros de 200 mm a 2.000 mm. O método utiliza os equipamentos chamados shields (como os tatuzões empregados na escavação de linhas de metrô, mas com porte e diâmetro menores), para escavar e cravar os dutos para água e esgoto, de forma subterrânea, sequencial e coordenada. A técnica prescinde, portanto, da abertura de valas a céu aberto e minimiza interferências na superfície.
Aplicação pioneira de método não destrutivo pela Aliter aconteceu em 2008, para a construção do emissário submarino de esgoto tratado no bairro Caiçara, em Praia Grande, no litoral sul paulista, dentro do programa Onda Limpa, do governo estadual. Foi a primeira vez que se utilizou um shield para escavar emissário submarino na América do Sul, segundo a Sabesp, responsável pelo projeto.
O emissário do bairro Caiçara tem cerca de 4 km. Parte da Estação de Pré-condicionamento de Esgoto, em terra, e segue sob o mar. O sistema pipejacking, que funciona conjuntamente com outros equipamentos, como compressores de ar, geradores e guindastes, foi coordenado por radiofrequência por equipe de técnicos, enquanto as escavações ocorriam a uma profundidade de 10 m.
A Aliter também se fez presente numa das grandes obras para a Copa do Mundo no Brasil: o projeto da Arena Corinthians, em Itaquera, Zona Leste de São Paulo. Contratada pela Sabesp, a empresa comandou a construção do Sistema de Esgotamento Sanitário no entorno do estádio, de modo a atendê-lo. São aproximadamente 7 km de coletores de esgoto, instalados pelo sistema de tubo cravado. A obra foi concluída em dezembro passado.
A proteção e recuperação do meio ambiente é outro foco de relevo das atividades da Aliter. Ela executou obras do Sistema de Esgotamento Sanitário em Guareí (SP), que universalizou o serviço de coleta e tratamento de esgoto no município. E hoje está envolvida em dois grandes projetos da área: execução do coletor-tronco Uberaba, no bairro do Itaim Bibi, na capital paulista, dentro do Programa de Despoluição do Rio Tietê, etapas 3 e 4; e intervenções para a despoluição das lagoas de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, dentro do escopo de obras para a Olimpíada de 2016.
Celebrar e projetar
Celebrar os 30 anos é uma ocasião importante, como marco. E serve, decerto, para projetar como serão os próximos 30 anos. É o que se espera agora da Aliter, pois o bom futuro de um País depende também de empresas de engenharia sérias e competentes.
Fonte: Revista O Empreiteiro