Serão apenas 68 km de obras, 34 em cada sentido,do km 13 ao km 47, entre São Paulo e Jundiaí. Mas não será nada fácil. E por quê? — Porque por ali trafega todos os dias uma média de 112 mil veículos
Nildo Carlos Oliveira
Orçadas em R$ 155 milhões e com previsão de entrega para abril de 2014, as obras têm em vista ampliar a atual capacidade do trecho para 25%. E os técnicos da Autoban, a concessionária que administra a rodovia, já decidiram: o pavimento será flexível, com o emprego de asfalto-borracha, em atendimento à premissa de sempre adotar soluções de engenharia que considerem a prioridade ecológica.
O engenheiro Jefferson Felippe Filho, gestor das obras dessa 5ª faixa, informa que foram abertas, ao longo do trecho (pista Norte, sentido interior) e pista Sul (sentido Capital), três frentes de trabalho simultâneas. A faixa adicional será construída, na sua maior parte, no espaço hoje ocupado pelo canteiro central.
Em razão dessa orientação, a faixa 1, da esquerda, ficará fechada, num trecho de 3 km em cada frente de trabalho, durante as obras, com exceção dos fins de semana e durante os feriados. Já o fechamento da faixa 1 será efetuado da seguinte forma: na pista Norte, aos sábados, a partir das 14 horas, até às sextas-feiras, às 13 horas. E, na pista Sul, nas segundas-feiras a partir das 11 horas, até as 13 horas de domingo.
Considerando o grande volume de tráfego, que não pode ser interrompido, e as questões de segurança, tanto para os trabalhadores quanto para os usuários da rodovia, a região está completamente sinalizada. Nas semanas que antecederam ao anúncio oficial da construção da 5ª faixa, a concessionária cuidou de divulgar pela imprensa, nas praças de pedágio e nos painéis eletrônicos, as mensagens sobre as condições das obras. E, agora, as mensagens sobre a situação do tráfego, ao longo do trecho, são difundidas em tempo real.
O engenheiro diz que há um dado importante facilitando as operações para a implantação da 5ª faixa. É que na ocasião da execução da quarta faixa, em 2006, as obras de arte ali previstas já tinham sido construídas de modo a receber, no futuro, a 5ª faixa. O planejamento, assim adotado, criou condições para que os trabalhos agora avancem, sem surpresas de última hora.
As obras ficaram assim divididas: aquelas correspondentes ao primeiro trecho estão a cargo da FBS Construção e Pavimentação e, as obras dos trechos 2 e 3, estão sendo executadas pela Serveng-Civilsan. Nesses serviços as empresas contratadas estão utilizando escavadeiras e caminhões para as operações de terraplenagem e vibroacabadoras e compactadores, na pavimentação.
Asfalto-borracha
O engenheiro Jefferson Felippe informa que adotará asfalto-borracha na 5ª faixa por dois motivos: por causa da necessidade de atendimento às questões da ecologia e em razão dos resultados favoráveis, já comprovados pela CCR Autoban, com esse tipo de material.
A empresa aplicou o material ao longo de 600 km de faixas recuperadas, entre São Paulo e Campinas, em 2012. Com ele, revitalizou o pavimento das pistas Norte e Sul e identificou, dentre outras vantagens, duas que entendem ser as principais: o material se revela importante, ecologicamente, e resulta do reaproveitamento de pneus descartados, o que amplia o benefício para o meio ambiente.
“O novo pavimento obtido com esse material”, acrescenta, “proporciona mais segurança e conforto. O usuário, ao passar pela rodovia, percebe com nitidez que a nova textura, em contato com o veículo, gera menos ruído, maior aderência dos pneus e menor dispersão de água em caso de chuva. E, além de ser mais durável, o asfalto-borracha também proporciona aumento de 20% na vida útil do pavimento e ganho de 15% na aderência do veículo à pista”.
No asfalto com o material a CCR Autoban já utilizou 450 mil pneus, o que equivale a 3,1 mil t de pneus descartados (lembrando que pneus levam até 600 anos para se decompor).
Fonte: Revista O Empreiteiro