Autopista Régis Bittencourt (401,6 km) – São Paulo (SP) – Curitiba (PR)

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Serra do Cafezal, no segmento da BR-116 SP/PR, é a principal obra em andamento da Arteris. A previsão é concluí-la em fevereiro de 2017, mas até lá há etapas complexas pela frente. São ao todo 34 viadutos e quatro túneis a ser executados.

 

Principal projeto em andamento da Arteris, a duplicação da Serra do Cafezal possui restrições ambientais, o que exige executar a nova pista em paralelo à via existente

 

“Ela é tão complexa quanto a Imigrantes ou talvez mais. A obra é bonita, sai de um túnel e entra em um viaduto, depois entra de novo em um túnel debaixo de uma via existente. É um trabalho de engenharia empolgante”, relata Angelo Lodi.

 

A duplicação de 30,5 km na Serra do Cafezal, entre o km 336,7 e km 367,2, enfrentou vários atrasos por conta de impeditivos jurídico-ambientais. É o único trecho não duplicado da São Paulo-Curitiba. “A metodologia nessa obra é muito pensada para evitar a degradação ambiental”, resume.

 

A obra foi dividida em nove lotes. Os lotes 1, 2, 8 e 9, que são as extremidades dos trechos, estão prontos. Agora, trabalha-se entre os lotes 3 e 7. “O lote 3 é um túnel que está iniciando a mobilização e em janeiro entra em obras. Tem cerca de 500 m”, descreve o engenheiro.

 

O lote 4 possui 14 obras de arte. “Este está em processo de contratação e o projeto está sendo finalizado. A supressão vegetal já se realiza”, diz. O lote 5 também está iniciando as obras. “Os lotes 6 e 7 estão em alto ritmo de produção”.

 

Os lotes 6 e 7 possuem vários viadutos, com duas estruturas de grande porte executadas em balanços sucessivos (uma de 800 m, outra de 400 m), além de três túneis, sendo dois de 400 m e um de 700 m. Estes túneis em obras estão sendo construídos pela Toniolo, Busnello em consórcio com a espanhola Ferrovial. O novo túnel, no lote 3, será escavado pela Orsa.

 

Na edição da OE 528 (março/2014), a revista O Empreiteiro publicou extensa matéria sobre as obras da Serra do Cafezal. Com desnível de 700 m, a obra possui uma sucessão de 7 km de viadutos e 2 km de túneis.

 

A nova pista em construção difere bastante da via existente e em funcionamento, com o traçado antigo, deficiente, caracterizado por curvas muito acentuadas e com rampas da ordem de 10% acima do normal. No velho trecho, a maior parte da via percorre cortes de morros e fundos de vale aterrados e somente em condições inevitáveis foram construídos viadutos e túneis – a metodologia adotada hoje é oposta a essa prática.

 

Quando a Arteris faz comparação de sua obra à rodovia dos Imigrantes, também com sucessão de túneis e viadutos, a diferença básica é que a estrada que leva de São Paulo à Baixada Santista é nova e foi projetada atendendo as melhores condições de trabalho.

 

Enquanto isso, na duplicação da Serra do Cafezal, trabalha-se obrigatoriamente em paralelo à via existente, sem possibilidade de operar além disso por restrições ambientais. Assim, foram necessários severos estudos para encontrar saídas para atender o traçado determinado, desde as sondagens até os cálculos estruturais. Por conta disso, máquinas e equipamentos pesados e peças industrializadas são deslocados em condições restritas, exigindo apurado planejamento logístico.

 

Construção na Serra do Cafezal com 34 viadutos e quatro túneis automaticamente lembra a execução da Rodovia dos Imigrantes

Fonte: Revista O Empreiteiro


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