A Eletrobras está negociando com bancos estatais a captação de R$ 4,9 bilhões. Como essas instituições possuem garantia da União, que tem classificação melhor, a expectativa é conseguir taxas mais baixas.
A informação é do diretor financeiro e de relações com os investidores, Armando Casado. Segundo ele, o financiamento será nos moldes do que foi feito para as obras de construção da Usina Nuclear Angra 3. Casado espera que o acerto para o financiamento possa ser fechado até o fim deste semestre. “Será emissão de títulos ou de debêntures da espécie com garantia da União e não pública”, disse.
O financiamento faz parte do plano de investimentos da Eletrobras para o período entre 2013 e 2017, que prevê a soma de R$ 52 bilhões.
Desse total, R$ 32,1 bilhões já estão contratados com as obras em curso, sendo que R$ 12 bilhões se referem à Angra 3 – considerada o maior projeto da empresa -, com R$ 6,1 bilhões de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 3,8 bilhões da Caixa Econômica Federal. Além disso, estão previstos US$ 500 milhões do Banco Mundial (Bird) para melhorias nas distribuidoras.
A Eletrobras também está preparando o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID), que para o presidente da empresa, José da Costa, deve ser concluído ainda este mês. “Julgamos que em abril a gente conclui tudo e lança”, informou completando que a diretoria teve uma reunião na última segunda-feira (8) com integrantes do Ministério do Planejamento para analisar o andamento do programa.
Na avaliação de José Costa, dos 27 mil funcionários da empresa, nove mil têm condições de pedir para entrar no PID. Desse total, pelos cálculos da Eletrobras, entre quatro mil a cinco mil devem fazer adesão ao programa. A expectativa do presidente é que as pessoas com mais tempo de serviço peçam o desligamento.