Estado norte-americano propõe construir mais represas
Enfrentando forte seca pelo terceiro ano consecutivo, representantes do Legislativo da Califórnia propõem ao Estado gastar bilhões de dólares em dinheiro público para construção de novas represas e barragens. Diferentes projetos em tramitação na assembleia destinam recursos à proposta, principalmente para aumentar a capacidade de reter a água da neve que se aloja no inverno na região montanhosa californiana.
É antiga a luta da Califórnia por mais água. Muitas cidades da província central do Estado, de clima árido e seco, já demandavam o represamento das águas originadas da neve depositada nas montanhas. Porém, grupos ambientalistas afirmam que a execução da medida representa ameaça à vida selvagem. Eles preferem que sejam desenvolvidos projetos de reaproveitamento de água hoje usada para abastecimento, através de tratamento que a torne novamente potável.
Questiona-se também os impostos a ser cobrados da população com a criação de novas represas – alguns dos projetos preveem taxação do recurso hídrico. Pelo menos US$ 8 bilhões deverão ser gastos com os projetos, mas, de acordo com especialistas, a conta deverá ser paga pelos usuários por décadas afora. Existe a previsão de construção de pelo menos cinco grandes reservatórios na Califórnia.
Gestoras de obras abraçam 4D BIM por segurança
O fluxo dinâmico de uma construção em todas as suas fases. Uma comunicação perfeita do canteiro de obras, da frota de veículos, dos equipamentos, da logística. A manutenção da força de trabalho segura e ativa. Além disso, a atualização permanente de um plano de contingências agressivo, com ajustes flexíveis.
Gestores de obras afirmam que o 4D BIM é a melhor forma de ter a clareza do projeto, com todas as variáveis expostas detalhadamente para todos os participantes, a fim de se reduzir os riscos dos projetos. A tecnologia é capaz de criar uma sequência animada que simule o empreendimento em todos os seus estágios, os trabalhos temporários e permanentes, as áreas com equipamentos, os impactos no entorno, tudo seguindo o cronograma da obra e custos atualizados em tempo real.
Projetistas dizem que o 4D BIM ajuda a eliminar conflitos de cronogramas e garantir mais segurança na execução dos projetos. Os modelos permitem encontrar divergências que de outra forma permaneceriam indetectadas, e a realizar atualizações frequentes das iniciativas.
“Isso não é um processo fácil”, afirma Scott Kerr, integrador de BIM da empresa baseada em Londres Balfour Beatty Construction Services. A firma manteve um modelo 4D ativo no trabalho que desenvolveu de expansão do terminal 4 do aeroporto de Heathrow, terminado recentemente, com resultados altamente positivos.
A Balfour usou no projeto modelos 3D dos softwares da Autodesk Revit, AutoCAD Architecture e Tekla, que foram introduzidos ao Navisworks Timeliner, um programa de animação capaz de construir o modelo 4D com grande acuracidade. De acordo com ele, antes de mais nada, foi fundamental que os envolvidos no trabalho tivessem conhecimento das ferramentas para incorporá-las no processo.
Diferentes nacionalidades agravam os conflitos no Canal do Panamá
Com participantes de diferentes nacionalidades e culturas, as obras de expansão do canal do Panamá enfrentam obstáculos dignos de uma assembleia geral da ONU. O canal é vital para o tráfego marítimo do mundo e o futuro da economia panamenha.
Porém, com a contrução em risco por causa do aumento no custo do projeto em US$ 1,6 bilhão, experts acreditam que não será fácil chegar a um consenso por conta das diferentes nacionalidas envolvidas na execução do empreendimento.
Jerry P. Brodsky, diretor da América Latina da firma de advocacia Peckar & Abramson, explica que são comuns problemas em empreendimentos de infraestrutura que envolvem mais de uma nacionalidade por causa de diferenças culturais, mas os desafios e a complexidade da expansão do canal panamenho dificultam a resolução dessa questão de forma menos conflituosa, principalmente quando a construção enfrenta pendências além dos trabalhos determinados em contrato.
“Existem milhões de dólares gastos pela indústria da construção na engenharia, mas eu não tenho ouvido e visto esforços para dirimir questões culturais e de língua que andam juntos nesse tipo de projeto”, analisa o advogado.
A suíça Peckar & Abramson está envolvida na aprovação dos fundos para o consórcio construtor da ampliação do empreendimento, o Grupo Unidos por el Canal. A obra de expansão da estrutura chegou a ficar parada neste semestre por conta de estouro do orçamento e a falta de acordo com a Autoridade do Canal do Panamá em torno dos custos adicionais.
O consórcio construtor do canal é formado pela espanhola Sacyr Vallehermoso, a italiana Impregilo, a belga Jan De Nul e a panamenha Cusa. Há, no entanto, subcontratadas de dezenas de países do mundo envolvidas na obra.
Cemex se reestrutura após morte de CEO
Com a morte inesperada do seu CEO, Lorenzo H. Zambrano, aos 70 anos, a gigante mexicana Cemex teve que se reestruturar rapidamente. Zambrano ocupou o cargo de principal executivo da cimenteira por quase 30 anos e transformou um pequeno negócio familiar na terceira maior empresa do mundo no setor.
Para evitar especulações sobre o futuro da empresa, a Cemex colocou Fernando Gonzalez, de 59 anos, no lugar de Zambrano. Ele foi vice-presidente financeiro e administrativo do grupo e estava na Cemex desde 1989. Rogelio Zambrano, de 56 anos, um primo do ex-CEO, foi nomeado chairman.
Recentemente, Gonzalez afirmou que a Cemex não precisava “mudar a estratégia, recrutar novas pessoas ou investir em novos mercados. Nós precisamos executar os planos traçados”. No entanto, o novo executivo admitiu novas aquisições em países emergentes e previu crescimento de dois dígitos nos anos de 2014 e 2015.
A Cemex tem 108 anos, 43 mil empregados e foi fundada pelo avô de Zambrano. O faturamento da empresa ano passado alcançou US$ 15,23 bilhões.
A cimenteira foi a primeira multinacional mexicana, com atuação em 50 países em quatro continentes. A empresa não atua no Brasil, mas possui negócios sólidos nos países vizinhos da América do Sul.
Fonte: Revista O Empreiteiro