Comissão de Infraestrutura inglesa afirma a necessidade de se reduzir custo de obra

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John Armitt, presidente da Comissão Nacional de Infraestrutura, entidade independente do governo britânico, revelou nesta terça (16/10), durante fórum global YII2018, realizado pela Bentley, em Londres, Inglaterra, que todos os estudos e projetos da participação da capital inglesa nos Jogos Olímpicos 2012 custou o dobro do orçado inicialmente, conforme apresentado na proposta de concorrência da cidade ao megaevento.

Segundo ele, é preciso tornar transparente os projetos para o público entender os benefícios e se dispor a pagar os seus custos.  “Se o público não conhece o projeto, não há como apoiá-lo”, diz.

Porém, John crê que os projetos na era digital vão tornar a transparência inevitável. O presidente da comissão ressalta que é preciso propor políticas e projetos de infraestrutura para melhorar a qualidade de vida da população, objetivo final da própria infraestrutura.

O executivo cita matéria publicada no Wall Street Journal americano de o volume de investimentos privados crescer no mundo. No entanto, o obstáculo maior será o risco de desenvolvimento do próprio projeto.

De acordo com a Comissão, a verba alocada pelo governo inglês é 1,5% para infraestrutura e inclui projetos novos e manutenção. No valor total investido em infraestrutura, 50% são de recursos públicos, e a outra metade de recursos privados. “Mas todos querem bons projetos que deem retorno sólido”, afirma.

O presidente da entidade explica que o desafio ainda é reduzir o custo da obra, como concreto e aço. “O que as indústrias automotiva e aeronáutica conseguiram em reduzir os custos unitários, a engenharia civil ainda não o fez”, avalia.

Ele, que começou a vida como empreiteiro, conclui que “a imaginação humana de criar será possível superar isso. O desafio é saber em quanto tempo e o seu custo”.

Reconhecimento

O projeto Aeroporto Digital de Londrina (PR), desenvolvido na metodologia BIM, foi reconhecido neste fórum global por se tornar referência pela contribuição à gestão eficiente de todo o ciclo de vida de ativos aeroportuários. A iniciativa é um modelo para todos os outros 53 aeroportos sob responsabilidade da Infraero.

O chamado “Aeroporto Digital” tem por objetivo promover integração e colaboração entre as diversas áreas da empresa e servirá de repositório central de mapas, infraestruturas, edificações, sistemas prediais, dados de gerenciamento de instalações e outros dados relevantes referentes ao Aeroporto de Londrina.

Para realizar o primeiro projeto de Aeroporto Digital do Brasil dentro da metodologia BIM e aumentar a capacidade instalada do Aeroporto de Londrina, a equipe de Implantação BIM da Infraero usou as soluções AECOsim Building Designer, MicroStation e OpenRoads Designer da Bentley Systems.

 


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