Consolidada no mercado da Construção Civil, a Terracom Construções Ltda desempenha um papel primordial no desenvolvimento das regiões/cidades por onde executa suas obras, sejam elas nas áreas de Infraestrutura Urbana, Rodoviária, Aeroportuária/Portuária, bem como nos segmentos de Obras de Arte Especiais, Recuperação Estrutural, Geotecnia e Saneamento.
Onde quer que tenha um grande projeto, a empresa está pronta para prestar serviço de excelência. Atualmente, um dos trabalhos mais relevantes está sendo executado no município de Santo André, no Estado de São Paulo. É lá que a empresa está construindo o maior conjunto de obras de mobilidade urbana dos últimos 50 anos.
O projeto prevê uma complexidade de intervenções com o intuito de gerar impacto positivo no fluxo da logística diária da população, veículos que acessam a região, bem como para os caminhões que fazem o escoamento de cargas.
O Complexo Santa Teresinha compreende a execução de dois viadutos com aproximadamente 750 m de extensão cada; três pequenas pontes com extensão de cerca de 28 m cada; uma passarela metálica ao nível do Rio Tamanduateí, com 31 m de extensão, compartilhada entre pedestres e ciclistas.
O projeto inclui ainda a recuperação, reforço e remodelação estrutural do Viaduto Castelo Branco, projetado e construído no final da década de 60. A Obra de Arte Especial possui aproximadamente 620 m de extensão, interligando uma importante via regional, o Corredor ABD à Avenida dos Estados.
Também faz parte do escopo contratual a revitalização da Praça Samuel de Castro Neves e a readequação do sistema viário e de acessibilidade no entorno da obra. Todas essas estruturas (viadutos e pontes) estão localizadas na Avenida dos Estados, às margens do Rio Tamanduateí, compondo uma das principais ligações da zona metropolitana de São Paulo com as cidades do ABC e Rodoanel.
A Terracom sagrou-se vencedora da concorrência pública, do tipo Licitação Internacional, e recebeu a Ordem Inicial de Serviços em dezembro de 2021. O prazo de execução da obra está previsto para o final de 2024, contemplando um investimento da ordem de R$ 146 milhões.
A obra faz parte do Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Santo André e conta com o importante apoio técnico e financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, totalizando investimentos de cerca de US$ 50 milhões no município de Santo André.
DETALHES DA OBRA
Dentre os principais elementos, destaca-se a construção dos dois viadutos de grande porte, que serão dispostos paralelamente ao Rio Tamanduateí. As fundações profundas serão em estacas do tipo raiz (diâmetros de 41 e 45 cm) e escavada de grande diâmetro (diâmetros de 1,5 m), com comprimentos variando entre 25 e 35 m.
A superestrutura dos viadutos será composta por vigas pré-moldadas protendidas e vigas metálicas que permitirão vencer vãos de até 50 m. Ao longo de quase 1,4 km de extensão, a Obra de Arte Especial possui duas pistas, com 700 m no sentido do município de Mauá e 700 m no sentido oposto, em direção a São Caetano do Sul/São Paulo.
Já as demais construções trazem as mesmas tipologias estruturais e garantem a funcionalidade do sistema proposto pelo município. Ao todo, serão implantados mais de 13 mil m2 de novos viadutos e pontes. Todo o complexo de obras está em ambiento urbano, com grande adensamento de imóveis no entorno e proximidade ao Rio Tamanduateí. Por conta disso, foi realizada uma prévia identificação e compatibilização de todas as interferências que pudessem afetar a execução dos serviços.
VIADUTO CASTELO BRANCO
Um grande desafio fica por conta da Recuperação e Reforço do Viaduto Castelo Branco, que compreende uma Obra de Arte Especial com 620 m de extensão, distribuídos em 20 vãos, formados por caixões em seções celulares variáveis protendidos.
O projeto estrutural original foi desenvolvido no final da década de 60 por um renomado escritório de Engenharia, sob orientação do Eng. Roberto Rossi Zucollo, reconhecido como introdutor do concreto protendido no Brasil.A construção foi finalizada em meados da década de 70. O viaduto integra um sistema viário crítico, localizado no Centro do Município de Santo André/SP, com a função de interligar a Avenida dos Estados com a Avenida Prestes Maia.
Além disso, tem a importante funcionalidade de transposição sobre a Linha 10 –Turquesa da CPTM e Avenida Industrial, das Ruas Presidente Roosevelt e Alfredo Paegle e Praça Galdino Ramos da Silva. A recuperação estrutural contempla o tratamento de diversas patologias identificadas na Obra de Arte Especial. Por conta disso, a Terracom promoveu diversas campanhas de ensaios tecnológicos do Viaduto com a finalidade de confirmar os mecanismos de degradação da estrutura e, assim, prover as melhores técnicas construtivas de reparo, bem como a definição dos materiais empregados no processo de recuperação.
Dentre os ensaios realizados destacamos: extração de testemunhos para ensaio de determinação da resistência à compressão axial; determinação da resistividade elétrica do concreto; determinação da penetração da carbonatação; medição dos potenciais de corrosão e verificação de integridade do concreto por ultrassom. Visando a atualização do Viaduto à Norma móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas (NBR 7188/2023), se fez necessário o reforço de toda a estrutura.
A solução proposta foi um sistema com fibras de carbono, composto pela mescla entre manta tecida e lâminas de fibra de carbono. Serão empregados mais de 8 mil m2 de manta tecida e quase 35 km de lâminas (lamelas), tornando o projeto referência nacional em reforço com fibra de carbono. Um dos principais desafios na execução do Complexo Santa Teresinha é o desvio de tráfego.
As alterações no viário, através de interdições totais e parciais nas principais vias que conectam a Região do ABC ao Rodoanel e a Região Metropolitana de São Paulo, demandaram coordenação com os órgãos competentes para estabelecer um plano eficiente.
TÉCNICAS DE INOVAÇÃO
De acordo com o engenheiro Juliano Sauer Colauto, gerente do Contrato, uma das inovações da obra é a utilização de lâminas e mantas tecidas de fibra de carbono. “Essa técnica permite que o Viaduto suporte cargas adicionais (alteração do trem-tipo rodoviário) praticamente sem aumentar o peso próprio da estrutura, além de proporcionar mais resistência e durabilidade. A aplicação diferenciada das lâminas e mantas, conforme a seção do Viaduto e estrutura existente, demonstra a abordagem cuidadosa e avançada utilizada no processo de reforço estrutural”, afirma o engenheiro.