O engenheiro civil Emílio Takagi,mestre em Ciências pelo Instituto Tecnológicode Aeronáutica (ITA) e gerente de Produto da MC Bauchemie, fazuma análise do avanço do concretoe a necessidade do material ser cadavez mais sustentável e não agressivoao meio ambiente.
“Não, ele não tem a cor verde. A aparência é absolutamenteigual a das opções tradicionais disponíveis no mercado. Para chegarmos a esse concreto mais sustentável foipreciso perceber, depois de variados testes e estudos, que diminuindo a quantidade de cimento e acrescentando aditivosuperplastificante à sua fórmula, gera-se uma massa maisresistente e fluida”, explica.
A pergunta é como isso pode ajudar o meio ambiente. “O primeiro e mais importante benefício é a redução do uso do cimento, principal ingrediente do concreto. Afinal, na indústriaconcreteira, cerca de 90% da emissão de CO² vem da fabricação do cimento”, afirma. “Em seguida, nota-se quecom um concreto mais resistente usamos menos volume dele nas obras, o que faz diferença na hora de construir grandesprédios ou viadutos. Essa economia é refletida na dimensão das peças de sustentação das estruturas, ou seja, diminui-se ovolume de concreto também na fundação da estrutura”.
De acordo com o engenheiro, o concreto verde resultaem um material de alta resistência. “Fator essencial quando o assunto é criar uma solução ecologicamente correta, já queaumenta o intervalo para manutenção, restauração, reforma ou reconstrução. O concreto verde é vantajoso em todos ossentidos, inclusive no preço”, finaliza.
Fonte: Redação OE