O custo adicional da obra é a principal barreira para que a construção sustentável decole no Brasil, de acordo com 82% dos profissionais que atuam em incorporadoras imobiliárias no País. A conclusão é da pesquisa conduzida por Hamilton de França Leite Júnior, diretor de Sustentabilidade do Sindicato da Habitação (Secovi), e pela Casoi Desenvolvimento Imobiliário, e orientada pelo professor doutor Claudio Tavares Alencar, da Escola Politécnica da USP. Segundo o relato das incorporadoras pesquisadas que já desenvolveram empreendimentos sustentáveis, o custo adicional desse tipo de construção varia de 1,6% a 8,6%, e a percepção das incorporadoras sem experiência é que esse ágio pode variar de 3,5% a 17,6%, ou seja, mais que o dobro do custo relatado pelos empreendedores com experiência. O segundo item mais apontado foi o custo da certificação do empreendimento – aproximadamente 0,1% do custo da obra. Em seguida, vêm os honorários de consultorias especializadas em construção sustentável, geralmente contratadas pelas empresas para conduzir o processo de certificação, ainda pouco conhecido pelas incorporadoras do País. Do grupo, 70% realizaram apenas entre um e três projetos desse tipo. Outro resultado obtido pela pesquisa indica que os compradores de imóveis disseram estar dispostos a pagar 10%, em média, a mais por imóveis sustentáveis em comparação a imóveis convencionais, com características semelhantes (localização, área privativa, itens de lazer, número de vagas etc.). De acordo com o relato dos administradores de condomínios que responderam ao questionário, os edifícios sustentáveis podem economizar cerca de 35% do consumo usual de água e energia elétrica. Fonte: Revista O Empreiteiro