É difícil, quase impossível, dissociar uma coisa da outra.
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Mas a engenharia e o padrão de qualidade que a Petrobras mantinha e anunciava, estimulando empresas de diferentes segmentos a se empenharem para obter o Certificado de Registro e Classificação Cadastral (CRCC) para prestação de serviços ou fornecimento para a estatal, precisam ser preservados e mantidos a salvo dos danos gerados pelo escândalo objeto das investigações em andamento. A empresa que acabava ali cadastrada considerava-se, na prática, detentora de um estatuto que a pré-qualificava para obras de determinada gama de complexidade, dentro de uma escala crescente.
O caminho para a abertura e desenvolvimento de uma engenharia nacional de alto padrão vem de longa data. Talvez haja começado em janeiro de 1939, quando uma sonda-terra detectou arenito petrolífero a 310 m de profundidade, num poço perfurado em Lobato, na Bahia. Desse primeiro esforço pioneiro vieram outras ocorrências que desaguaram numa luta social em todas as frentes. Mas, só 14 anos depois, em 1953, o governo Getúlio Vargas promulgaria a Lei 2.004, que criou a então Petrobrás (com o acento), conferindo-lhe a responsabilidade e o monopólio pela pesquisa, prospecção, exploração, refino do petróleo nacional e estrangeiro, transporte marítimo e sistema de distribuição.
A partir da política nacionalista que orientou ao longo do tempo os passos da estatal, a engenharia brasileira, incorporando experiências externas, foi mobilizada para dar sustentação a todas as atividades que lhes seriam inerentes, tanto nas obras civis quanto nas de montagem industrial e outras de apoio na variedade de serviços disponíveis. A mobilização resultou na construção e operação da Refinaria de Mataripe (Landulpho Alves), na Bahia; Refinaria Duque de Caxias (RJ); construção e instalação da plataforma fixa de Guaricema (Sergipe), o primeiro campo descoberto na plataforma continental brasileiro; a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello (Cenpes); e, depois, as obras que se seguiram, sobretudo na Bacia de Campos.
A evolução da engenharia da Petrobras acelerou-se com a descoberta de novos campos – Albacora, Marimbá, Marlim, Caratinga e Roncador -, estimulando a prospecção e exploração em águas profundas.
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No ano 2000, ela obteve o recorde mundial na produção em águas profundas (1.877 m); em 2006, depois de um trabalho de décadas, conquistou a autossuficiência, com o início da operação produtiva da plataforma P-50 no Campo de Albacora Leste, em Campos. E logo em seguida, ela começaria a construir o conjunto das obras do Campo de Mexilhão, na Baía de Santos.
Contudo, veio a política do governo petista. As denúncias apontam que quadros técnicos com longa experiência começaram a ser substituídos por quadros políticos e o resultado confluiria para uma situação ruim. Tanto é que em 2012 a chamada autossuficiência ficaria prejudicada.
A exigência de conteúdo nacional, nos empreendimentos da empresa, adquiriu uma feição positiva, pois visava incentivar a indústria nacional. Por outro lado, deixou margem ao protecionismo e provocou aumentos de custos e dilatação de prazos. Enquanto isso, o petróleo chegava a custar US$ 100 o barril no mercado global.
Mas a Petrobras insistiu em não mexer nos preços no varejo. E, então, mais um dado danoso à empresa aconteceu: a aquisição da Refinaria de Pasadena (EUA), em 2006.
Os desmandos ao longo de 12 anos acabaram vindo à tona no curso da chamada Operação Lava Jato. Depois que a estatal suspendeu contratos com 23 empresas de engenharia, por conta das investigações em andamento, intensificou-se o processo de demissões em seus canteiros de obras. Até meados do mês passado elas seriam superiores a 10 mil. A alegação é de que houve atrasos nos pagamentos da Petrobras.
A estatal garante que, para assegurar a continuidade dos serviços que considera imprescindíveis, “buscará fornecedores de bens e serviços, se for o caso, junto a empresas estrangeiras”. O jornal divulgou que essas empresas poderiam ser da China e dos Estados Unidos. Da China, não seria novidade. Afinal, as chinesas CNPC e CNOOC já integram um consórcio que está presente nas obras do pré-sal.
Com relação à possibilidade dessas contratações, já há reações. Luiz Fernando dos Santos Reis, presidente executivo da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj), considera prematura qualquer previsão do que pode acontecer, na engenharia, em função da crise da Petrobras. Diz ele: “No que diz respeito à construção pesada, não existe a necessidade de empresas estrangeiras virem cobrir a possível ausência das chamadas grandes. Temos uma boa quantidade de empresas de engenharia de porte médio. Bem estruturadas e consorciadas, elas poderão, aos poucos, ocupar esses vazios.
O maior problema que vejo, mais complexo, talvez esteja no segmento da montagem industrial”.
Outras fontes alegam que esta é uma boa oportunidade para se arejar o mercado das obras da estatal, há décadas dominadas por um grupo, apenas, de empresas.
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Estas fontes consideram normal que sejam buscadas novas tecnologias através de consórcio com empresas globais de reconhecida competência.
Seja qual for a alternativa que a Petrobras venha a adotar, o fato é que ela tem um extraordinário patrimônio a preservar: a engenharia que a construiu e não merece ser colocada em segundo plano por causa da mediocridade da política em que ela se deixou envolver e afetou os seus quadros. Os engenheiros, técnicos e pesquisadores constituem o seu maior patrimônio.
Os gestores, as empresas contratadas e as terceirizadas, que praticaram atos considerados ilícitos, devem enfrentar o rigor da lei. Mas a instituição Petrobras continua. O caminho da recuperação será longo e penoso, a começar por uma direção profissional e renovada, blindada das interferências políticas.
Fonte: Revista O Empreiteiro