O coordenador dos Programas de Trabalhos Decente e Empregos Verdes da OIT no Brasil, Paulo Muçouçah, que estará em São Paulo no dia 24 para participar do 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, onde apresentará a palestra “Empregos verdes e a transformação do perfil dos empregos no mundo”, afirma que o mercado exige maior capacitação profissional para os chamados empregos verdes. “O Brasil, mesmo sendo vanguarda em produção de novas tecnologias de construção sustentável, precisa fazer com que essas tecnologias se disseminem por todo o setor, o que só será possível com profissionais mais bem preparados.
” Muçouçah acredita que as tecnologias verdes podem empregar mais do que os modelos tradicionais.
Para que o aquecimento global não ultrapasse os 2° C, será necessário investir anualmente pelo menos 1% do PIB mundial até 2050, o que poderá gerar cerca de 2 bilhões de empregos verdes no mundo, prevê.
Muçouçah vai falar dos resultados preliminares do estudo “Skills for green jobs”, que a OIT está realizando em 20 países, incluindo o Brasil.
O estudo procura fazer um levantamento da oferta e da demanda de capacitação e qualificação profissional para atender as iniciativas que estão sendo adotadas em todos os setores da economia frente ao novo paradigma dos empregos verdes. “O grande desafio é fazer com as tecnologias sejam incorporadas por uma mão-de-obra especializada, capaz de colocar em prática o conceito de sustentabilidade”, afirma, segundo a assessoria do evento.
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Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a construção civil movimenta cerca de 15% do PIB brasileiro e emprega 15 milhões de trabalhadores. O setor é responsável por um terço das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo. Muçouçah afirma que a sustentabilidade deve estar disseminada em toda a cadeia produtiva, e é necessário que haja investimento governamental para a criação de novos postos de trabalhos “verdes”, como o programa Minha Casa Minha Vida.
O relatório foi encomendado e financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), OIT, Organização Internacional de Empregadores e da Confederação Sindical Internacional. Foi elaborado pelo Instituto da Vigilância Mundial.
Fonte: Estadão