Após pequenos avanços nas atividades do setor no ano 2019, com uma estimativa favorável para os anos de 2020 e 2021, fomos literalmente atropelados pela pandemia da covid-19. Os efeitos foram sentidos de forma imediata e profunda nas empresas que vinham se recuperando de uma longa crise desde 2014. Muitos projetos foram paralisados e outros reduziram seu ritmo. A situação político-econômica conturbada agrava ainda mais a situação, porém em meio a todos estes problemas podemos, se analisarmos com serenidade, vislumbrar dias melhores e mais promissores para a engenharia e construção e para o nosso Brasil.
A possibilidade de adoção de uma estratégia baseada no investimento para alavancar a retomada da economia e do desenvolvimento, é, a meu ver, uma oportunidade de ouro e na qual precisamos envidar todos os nossos esforços. Os números apresentados por órgãos e institutos de reconhecida credibilidade, demonstram, de forma inequívoca, que países com maior taxa de investimento têm conseguido bem mais sucesso em seus programas de desenvolvimento e crescimento quando comparados àqueles cujos investimentos aplicados representam um baixo percentual do PIB. E, segundo esses mesmos estudos, realizados em 2019, dentre os 26 países analisados, o Brasil ocupa a segunda pior posição em relação à taxa de investimento. O estudo também mostrou que em todos os casos analisados, a engenharia e construção são os motores que tracionam os investimentos e o crescimento econômico.
Voltando nosso olhar para a realidade do País, não é difícil elencar setores onde o investimento resultaria em alavanca para a retomada da economia, não apenas no pós-pandemia, como para o crescimento e desenvolvimento do País: a construção industrial.