Expansão da Replan para produzir propeno

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A Refinaria de Paulínia (Replan), uma das maiores unidades de refino de petróleo do País, ocupando uma área de aproximadamente 9,1 km2 e com capacidade instalada para o refino 365 milhões de barris de petróleo por dia (Mbpd), está em nova fase de expansão. No início de 2009 entra em operação a nova planta para a produção de propeno, um empreendimento que está sendo executado pela UTC Engenharia, na modalidade EPC. O custo estimado da nova planta é de cerca de R$ 420 milhões, cuja proposta é de se tornar a maior fábrica deste material no Brasil, ocupando uma área construída de 150 mil m2, em terreno de 425 mil m2. O objetivo: abastecer a Petroquímica Paulínia S/A, futura fábrica de polipropileno, resultado de uma joint-venture firmada entre a Petrobrás e a Braskem, apontado como o maior grupo petroquímico do país, integrante da holding Norberto Odebrecht. Na parceria, a Braskem, líder do mercado latino-americano de resinas termoplásticas, participa com 60% do capital acionário, e a Petroquisa, representando a Petrobras, com 40%.

As obras começaram em outubro de 2006, quando foi concedida a licença ambiental e iniciado o trabalho de estaqueamento. O prazo de execução é estimado em 27 meses, sendo 23 deles destinados à construção e os demais à assistência ao início de operação. As obras civis seguem em ritmo acelerado e já foram iniciados os preparativos para a montagem eletromecânica, que alcançará seu ponto máximo em julho deste ano, quando será instalada a torre T-9703, com 1.000 t e 110 m de altura. Trata-se de uma torre de separação do GLP, proveniente das unidades de refino da Replan, do butano, propeno e etano.

De acordo com a equipe técnica da UTC, este será o maior içamento vertical do gênero no Brasil, exigindo uma logística especial. Para realizá-lo está sendo alugado junto à Mamute Guindades, um equipamento vindo da Malásia, com capacidade de içamento de 3 mil t. A direção da empresa afirma que há apenas dois guindastes em todo o mundo com essa capacidade.

O equipamento será trazido para o Brasil de navio, desmontado, ocupando nada menos que 120 contêineres. Será desembarcado no Porto de Santos, exigindo uma logística igualmente complexa para chegar a Paulínia. Junto com o equipamento virá uma equipe de técnicos encarregados da sua montagem e operação.

A torre está sendo pré-montada, em seções, na horizontal. Junto com ela, toda a tubulação – cerca de 1.850 t – está sendo montada no pipe shop do canteiro da UTC, na Replan.

Três frentes, diferentes complicadores
As obras estão sendo executadas em três frentes distintas: a unidade de produção do propeno, a pré-montagem e içamento das torres de separação, e o offsite, que engloba toda a interligação da unidade com o restante da refinaria e com a Petroquímica Paulínia S/A. Os serviços incluem a instalação elétrica e a instrumentação, e a implantação de duas subestações novas.

Para as instalações offsite, o trabalho, em áreas em plena operação, exigiu um planejamento especial por parte da montadora e da Petrobras.

Igualmente complexa é a etapa de pré-montagem das torres, em fase de execução. Para que essa etapa fosse iniciada foi necessária a preparação do local, para receber as torres e os guindastes para os içamentos.
Isso exigiu a troca de solo, compactação e cravamento de estacas. As torres começaram a ser montadas em seções, na horizontal, a partir de dezembro passado. De acordo com a UTC, apesar da complexidade do projeto, as obras seguem dentro do cronograma.
Fonte: Estadão


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