Fabricas instaladas no Pais encaram o Custo Brasil

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Empresas como Caterpillar, Case, NewHolland, JCB, Terex, Liebherr, Volvo e Komatsu, entre outras, que já atuavam no Brasil, agora enfrentam a nova onda de globalização com investimentos próprios

Ocrescimento econômico brasileiro, resultante principalmente do grande volume de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e das obras de infraestrutura necessárias para sediar importantes eventos esportivos – Copa 2014 e Olimpíada 2016 –, vem favorecendo, cada vez mais, a entrada de novos fabricantes de máquinas e equipamentos no País, em especial os originários da China e da Coreia.

Mas, um grande número de empresas, que já atuava no mercado brasileiro com fábricas e parceiros comerciais e industriais, procura enfrentar essa segunda onda de globalização e procuram planejar seus investimentos e lançamentos de acordo com as necessidades dos seus clientes.

Presença tradicional

Com mais de 50 anos de atuação no País e detentora de uma extensa e variada linha de máquinas para construção, a Caterpillar, considerada a maior fabricante mundial, vem se mostrando sensível às tendências e mudanças do mercado brasileiro. Recentemente, como exemplo da expansão de suas atividades industriais no País, anunciou a aquisição de fábrica localizada em Campo Largo (PR), que, após remodelação e adequações, terá cerca de 50 mil m2 de área construída, onde serão fabricadas retroescavadeiras e carregadeiras de pequeno porte. Atualmente, esses equipamentos vêm sendo produzidos em Piracicaba (SP) e fazem parte da família de máquinas da Divisão de Produtos de Construção Leve da Caterpillar (BCP – Building Construction Products Division).

“A nova fábrica é um importante investimento para o crescimento de longo prazo e sucesso da BCP, especialmente na medida em que atenderemos a demanda crescente por máquinas versáteis e de menor porte, que vão contribuir para que nossos clientes executem seus trabalhos de forma mais produtiva e lucrativa”, diz Mary Bell, vice-presidente da Divisão de Produtos de Construção Leve.

Além desse investimento, a empresa planeja colocar mais recursos em ambas as unidades (Campo Largo e Piracicaba). Serão investidos US$ 180 milhões nos próximos dois anos, com vistas a expandir ainda mais as operações no Brasil, de acordo com Rich Lavin, presidente de grupo da Caterpillar Inc., responsável pelos mercados em crescimento e produtos tradicionais.

A empresa produz no Brasil mais de 300 tipos de máquinas de construção, para diversas aplicações e com variadas capacidades, entre retroescavadeiras, pás-carregadeiras, motoniveladoras, compactadores, recuperadoras de rodovias, minicarregadeiras, etc.

Destacam-se

Nova fábrica e um moderno CD

O grupo CNH, com as marcas Case e New Holland, inaugurou, em março deste ano, seu novo Complexo Industrial composto por uma fábrica da Case e um moderno Centro de Distribuição e Logística de Peças da CNH, localizado na cidade de Sorocaba (SP), com área total de 160 mil m2 (sendo 104 mil para a fábrica e 56 mil para o CD).

O projeto é resultado de um investimento de R$ 1 bilhão e faz parte dos planos do Grupo Fiat até 2011. O aporte, na ocasião, foi considerado o mais vultoso investimento da indústria de máquinas, realizado num único momento, feito no País.

O Centro de Distribuição de Peças da CNH, maior na América Latina, conta com equipamentos de movimentação e embalagem de última geração e capacidade de estocagem para 180 mil itens.

O empreendimento conta com o que existe de mais eficiente em termos de logística e distribuição, baseado no conceito de World ClassLogistics (Classe Mundial

em Logística), no qual se busca atingir os mais altos níveis de excelência. A estrutura foi planejada para alcançar maior rapidez operacional em toda a cadeia logística, desde o fornecedor até o cliente final, em mais de 500 pontos de atendimento na América Latina.

A principal fábrica da CNH em equipamentos de construção está em Contagem (MG), que é uma plataforma de exportação de equipamentos que incorporam padrões mundiais de desempenho, entre escavadeiras, carregadeiras, retro e tratores de esteiras.
Minicarregadeiras sobre esteiras
A Case foi a primeira empresa a fornecer ao mercado brasileiro as minicarregadeiras, skids, sobre esteiras. As máquinas 420CT e 445CT série 3 são mais um lançamento da marca para ampliar o portfólio de produtos, que já chega a 30 modelos em sete linhas diferentes, entre as skids de pneus e de esteiras, pás carregadeiras, motoniveladoras, retroescavadeiras, escavadeiras hidráulicas escavadeiras hidraulicas, cujo modelo de 80t já opera no País.
As skids sobre esteiras são ideais para trabalhos em pequenos espaços e em áreas congestionadas, onde é necessária menor pressão sobre o solo. "Apesar de ser uma máquina com maior peso operacional que a minicarregadeira sobre rodas, ela faz menor pressão porque sua área de contato com o solo é muito maior. É a máquina ideal para trabalhos em terrenos de baixa sustentação", explica o gerente de Marketing do Produto da Case, Edmar de Paula.
Ele explica que essas máquinas também são indicadas para o trabalho em locais onde os pneus estão sujeitos a desgastes excessivos, cortes ou perfuração. As skids sobre esteiras têm grande capacidade de carga operacional, com 1.297 e 1.487 Kg, e maior durabilidade nessas aplicações.
Os modelos 420CT e 445CT série 3 também oferecem alta produtividade, baixo custo operacional e conforto para o operador. Os braços quando recolhidos, com caçamba no nível do solo, apóiam no chassis evitando esforço demasiado sobre os cilindros e reduzindo os esforços estruturais. Bombas hidráulicas acopladas diretamente ao motor ajudam a evitar a perda de potência e eliminam a manutenção das correias.

Comparativo entre uma skid de pneus e uma skid de esteiras

Skid de pneus 420

Skid de de esteiras 420CT

Potência motor (líquida)

69 hp

69 hp

Peso Operacional

2996 kg

3783 kg

Capacidade operacional de carga

839 kg

1297 kg

Velocidade translação

11,6 km/h

9,3 km/h

Pressão sobre solo

superior a 0,37 kg/cm2

0,37 kg/cm2


Fonte: Estadão


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