Foz do Chapecó: Asfalto impermeabiliza barragem

Foz do Chapecó: Asfalto impermeabiliza barragem

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Vencidas as dificuldades do regime hidrológico, as peculiaridades do “período seco”, a falta de jazidas de a rgila em áreas próximas ao canteiro e a necessidade de manter o patamar daprodução, a usina começará a operar no prazo previsto: 2010

Serão 50 meses ininterruptos deconstrução até a geração da terceira unidade geradora. Ao final desse prazo, a usina hidrelétrica Foz do Chapecó, no rio Uruguai, entre os municípios Águas do Chapecó (SC) e Alpestre (RS), que colocará em funcionamento, em setembro do ano que vem a primeira unidade geradora, terá potência instalada de 855 MW – suficiente para atender a 25% do consumo de energia de Santa Catarina ou a 18% do Rio Grande do Sul. Até aqui, no entanto, manter o cronograma não tem sido uma tarefa fácil.

Para vencer as dificuldades naturais da obra e das condições geológicas e climáticas locais, a construtora teve de estudar e aplicar os métodos construtivos mais adequados às especificidades encontradas. E, uma das soluções, foi a utilização de núcleo impermeável de asfalto, em vez do convencional núcleo de argila, como componente principal da vedação de barragem de enrocamento. São poucas, no mundo, experiências de construção de barragens desse tipo, construídas com o emprego de material asfáltico.

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A obra foi projetada segundo uma concepção que procura aproveitar ao máximo a geografia do site e a necessidade de definir uma logística eficiente para a otimização do cronograma.
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Tudo foi dimensionado de modo a preservar a natureza: cada intervenção, segundo um plano pesado e medido, a fim de não ultrapassar o limite do que foi previamente dimensionado.

O planejamento considerou as áreas planas da margem direita (SC), que se revelaram mais adequadas para concentrar a maior parte das instalações de infraestrutura de apoio. Ali foram executadas as operações de terraplenagem para a montagem do canteiro, que inclui alojamentos, espaços sociais e de lazer, incluindo cinema, salas de TV, lan-house, agência bancária, lanchonetes, quadras de futebol de areia e de salão, cozinha com capacidade para 7 mil refeições/dia e outros serviços. Neste local estão os pátios industriais utilizados na construção do vertedouro de 15 comportas.

Na margem esquerda, onde o rio Uruguai forma uma ferradura, o layout dispôs as estruturas da tomada d´água, do conduto forçado e da casa de força. Elas compõem uma frente unificada, facilitando a logística do trabalho, sobretudo a movimentação dos guindastes. A disposição dessas estruturas elimina a necessidade de atividades sobrepostas e ajuda a manter a seqüência simultânea e ininterrupta dos trabalhos.

Uma ponte de serviço com 410 m de extensão foi construída especificamente para a obra. Ela ficará submersa com o fechamento do reservatório.
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Na margem esquerda foram construídos dois túneis, cada um com 390 m de extensão e 18 m de diâmetro, que permitem acesso fácil e rápido às obras da casa de força, na margem direita do rio. Antes da construção desses acessos, o percurso até aquela obra era feito por caminho sinuoso, morro acima e morro abaixo, e demorava de três a quatro horas.

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Hoje, ele pode ser feito em até 15 minutos.

Barragem de enrocamento

Os trabalhos de construção levaram em conta os períodos distintos que marcam o regime de vazões do rio Uruguai: o período seco e o período úmido. São fases diferentes daquelas das estações do ano no Norte e Nordeste.

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O período seco, que no Sul ocorre no final do ano, não significa que as obras transcorram longe dos riscos de chuvas torrenciais.

No período seco costuma chover intensamente na região, dificultando o ritmo da produtividade e criando empecilhos ao emprego de material argiloso. Tal dificuldade é aumentada pelo fato de não haver jazidas de argila nas proximidades do canteiro. Caso a Camargo Corrêa, líder do Consórcio Volta Grande, que executa o trabalho, tivesse de recorrer a jazidas distantes, precisaria montar um plano de logística especificamente com esse fim.

A construtora chegou até a estudar aquela possibilidade, considerando que poderia, sim, trabalhar com argila lançada e não compactada. Contudo, fosse qual fosse a solução, haveria sempre algum impacto negativo na estratégia para entregar a obra no prazo. Por causa dessa e das demais interfaces, passou-se a estudar uma solução adotada em outros países em circunstâncias similares: núcleo asfáltico.
Os estudos, com aquele fim, foram aprofundados na CNEC Engenharia, empresa que há cinco décadas acumula experiências em projetos, planejamento e gerenciamento de obras. Ela pesquisou e contatou consultores na Alemanha e na Noruega.

“Antes do início dessa obra” – relata Renato de Arruda Penteado, superintendente de Projetos/Energia da Camargo Corrêa – “visitamos uma barragem construída com núcleo asfáltico na região de Mora e Rubiellos, na Espanha. Quando detectamos a dificuldade para o uso de argila em Foz do Chapecó, lembramo-nos da técnica aplicada com sucesso na barragem espanhola”.

Ele diz que, por conta do planejamento otimizado e de dispositivos contratuais, a barragem teria de ser construída em quatro meses, durante o período seco no sul do país. Mas fazê-la com núcleo argiloso poderia colocar em risco esse cronograma, já que as chuvas esparsas que poderiam ocorrer no período seco teriam grande probabilidade de comprometer o cronograma da obra, com possibilidades de espera até o próximo período seco no outro ano.

A Camargo Corrêa contratou uma empresa da Noruega para realizar os estudos, aplicar as camadas asfálticas no núcleo da barragem e efetuar o controle tecnológico dos materiais e do processo executivo como um todo.
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Pelo contrato, essa empresa já chegaria ao canteiro com os equipamentos específicos necessários – fôrmas e rolos compactadores. Segundo a técnica prevista, o núcleo e a transição da barragem sobem simultaneamente. São duas transições, uma a montante e outra a jusante, de aproximadamente 1,5 m cada. E o sanduíche, a partir de um lado e do outro, vai se fechando. A massa, muito consistente, agrega determinada percentagem de betume, garantindo a impermeabilidade especificada.

Quanto ao período do processo, Renato Penteado calcula: o planejamento prevê a execução de três camadas asfálticas compactadas da ordem de 20 cm cada, por dia. Como barragem tem 48 m de altura e precisa ser feita impreterivelmente em quatro meses, basta fazer uma conta de dividir para concluir-se que ela ficará pronta no prazo, mesmo admitindo-se a ocorrência de alguns imprevistos.

Para garantia da qualidade da massa asfaltica, a Camargo Corrêa adquiriu no mercado extern o uma usina de asfalto gravimétrica, onde cada tipo de material é secado e pesado isoladamente antes de entrar no misturador, otimizando assim a eficácia da quantidade de cada material na mistura.

Planejamento e industrialização

Em passado recente, obra do porte da hidrelétrica Foz do Chapecó seria construída em cinco ou seis anos. Hoje, dadas as condições de experiência, planejamento e técnicas executivas adotadas, pode iniciar o processo de geração em menos de 50 meses.

Um dos fatores que ajudam na manutenção do prazo é a industrialização.

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Em cerca de 75% das estruturas de Foz do Chapecó têm sido utilizadas fôrmas deslizantes, que se revelaram mais vantajosas, no caso, do que as fôrmas trepantes, com as quais o processo de concretagem se dá progressivamente, por etapas.

A construtora também introduziu algumas inovações na maneira de lançamento do concreto. Importou uma esteira móvel, que apoiada em caminhão, é movimentada pelas frentes de trabalho. O lançamento é feito com velocidade, sem a desvantagem do bombeamento. O diferencial é que prescinde do fator água/ cimento para o lançamento. Isso reduz as taxas de consumo de cimento e mantém a qualidade e o índice de resistência especificado. A esteira viabiliza a obtenção de traços de concreto utilizando agregados de 7,5 cm de brita 3, sobretudo nos blocos do vertedouro, os mais massivos dentre os demais das outras estruturas.

Mesmo nas concretagens que utilizam concreto bombeado, foram ajustadas algumas inovações. Os guindastes são providos de caçambas para o lançamento.

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Dependendo dos volumes de cada camada, nas respectivas seqüências de lançamento, pode-se até empregar um mix das técnicas comumenteaplicadas nessas operações. No geral deverão ser aplicados cerca de 700 mil m³ de concreto.

Nos últimos meses foram concluídas as escavações dos túneis de adução, a montagem das quinze comportas do vertedouro e se encontram em finalização todos os preparativos para efetuarmos o desvio do rio Uruguai com 60 dias de antecedência em relação ao cronograma original do empreendimento. Até aqui foram realizados 95% dos trabalhos para construção da casa de força, 98% do vertedouro e 84% da tomada de água, e 65% dos serviços dos Condutos Forçados.

Fonte: Estadão


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