Ao que tudo indica, 2013 será um ano com fortes mudanças no setor de infraestrutura do Brasil. A fim de ampliar o investimento nas rodovias, aeroportos e ferrovias, o governo recorre a concessões à iniciativa privada.
Em 20 de dezembro do ano passado, o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, confirmou a concessão dos aeroportos de Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais. Entre as exigências impostas pelo governo, as empresas que participarão do leilão, previsto para setembro, precisam ter experiência em aeroportos com capacidade de circulação anual de pelo menos 35 milhões de passageiros. A Infraero será sócia minoritária. A medida visa ampliar e aperfeiçoar a infraestrutura aeroportuária brasileira, promovendo melhorias no atendimento e nos níveis de qualidade dos serviços prestados aos usuários do transporte aéreo no Brasil.
De acordo com o governo, com a ascensão da renda dos brasileiros nos últimos anos, a procura por voos aumentou de forma significativa e, por isso, os investimentos no setor aeroportuário são necessários.
Seis dias após a declaração sobre o edital para a privatização, o Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim (Galeão) sofreu duas horas de apagão. Durante o incidente, o governador Sergio Cabral (PMDB) criticou a administradora pela falta de estrutura do aeroporto, que não conta com um sistema de geradores capaz de ser acionado imediatamente. Ele ainda aproveitou o fato para elogiar a concessão do aeroporto e afirmou que isso será um presente para o Rio. O governo federal estima que o Galeão deverá receber, de seus administradores privados, R$ 6,6 bilhões, e Confins, R$ 4,8 bilhões.
No último dia 18, o vice-presidente executivo da Ecorodovias, Federico Botto, confirmou que a empresa tem interesse nas concessões de ambos os aeroportos. Lembrando que a Ecorodovias, parceira da alemã Fraport AG, ficou em segundo lugar na disputa pela concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no início do ano passado. O leilão foi arrematado por R$ 16,213 bilhões pelo consórcio Invepar, composto das empresas Invepar (Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.) e ACSA, da África do Sul.
O aeroporto do Galeão, que deve ir a leilão em setembro
Fonte: Padrão