Gustavo Faria, gerente geral da Genie América do Sul, marca que pertence a Terex e fabrica manipuladores e plataformas aéreas, avalia uma segunda onda de crescimento do mercado de máquinas e equipamentos (o primeiro ciclo se deu nos primeiros anos dessa década) fruto de uma melhora econômica e a necessidade de renovação da frota existente bastante sucateada.
O executivo apresentou números do segmento em um encontro com clientes, no último dia 29, em São Paulo (SP). Segundo ele, esse novo ciclo de expansão deve durar até 2023.
Na América do Sul, entre 2012 e 2014, o Brasil ocupava 81% das importações de plataformas aéreas, segundo dados levantados pela marca.
Em 2018 e esse ano, as importações para o Brasil neste item caíram para menos de 50%, chegando a 48%. A fatia deixada pelo país no continente foi ocupada boa parte pelo chile.
Ele apontou preocupação com ambiente político, que tem afetado os investimentos. Embora a América Latina tenha pouca participação global nos negócios de manipuladores e plataformas da Genie, com 2%, a empresa vê o país com enorme potencial de expansão.
Chad Hislop, diretor de produtos Genie nos Estados Unidos, que também participou do encontro com os clientes da marca, avalia que as plataformas digitais têm tido foco muito grande na segurança, vide as recentes mudanças às normas técnicas em vários países.
A telemetria, segundo ele, irá revolucionar o segmento. A gestão dos equipamentos, com dados diversos disponibilizados em sistemas integrados, proverá informações em tempo real e essenciais aos usuários.
Os sistemas elétricos devem ocupar ainda mais espaço, com baterias de longa duração e motores compactos.