Hidrovia Tietê-Paraná terá mais 4 portos

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Com a maior onda de investimentos desde sua criação, a hidrovia Tietê-Paraná, no estado de São Paulo, terá mais quatro portos. Também sofrerá ampliação para navegação em 250 km. No total, será gasto R$ 1,7 bilhão até 2015 — R$ 900 milhões provenientes do PAC 2 e R$ 800 milhões do governo do Estado. A expectativa é aumentar a capacidade de transporte de carga no complexo de 5 milhões de t/ano para 17 milhões de t/ano.

Alguns trabalhos já estão em progresso. É o caso da ampliação de vãos de pontes. De acordo com o Departamento Hidroviário, faltam seis das 23 pontes existentes para se finalizar o serviço. Também há em andamento dragagem e derrocamento de trechos críticos, melhoria de rota das embarcações e também de eclusagem. “Existe uma defasagem muito grande. É preciso primeiro melhorar o que existe”, aponta Casemiro Tércio dos Reis Lima Carvalho, diretor do órgão.

Em uma segunda etapa, prevê-se obras de ampliação de 200 km de hidrovia, com cinco novas barragens localizadas nos municípios de Anhembi, Conchas, Laranjal Paulista, Tietê e Porto Feliz – aproximando, assim, a hidrovia da Grande São Paulo e ficando distante cerca de 100 km da capital. Também há previsão de fazer ampliação em 50 km pelo rio Piracicaba, a partir do trecho que ele se encontra com o rio Tietê.

Uma barragem será criada em Santa Maria da Serra, com uma PCH de 12 MW – projeto executivo e estudo de impacto ambiental em elaboração.

Na última etapa de obras da Hidrovia Tietê-Paraná, quatro portos em localidades estratégicas serão construídos ou revitalizados: Araçatuba, Artemis (distrito de Piracicaba) – estes entregues até 2015 -, Rubineia e Salto.
“A hidrovia basicamente é para transporte de commodities, como soja, açúcar e celulose. A margem de lucro diminuiu muito. Assim, as empresas têm buscado no transporte condições favoráveis para lucrar”, justifica o consultor de transporte hidroviário Marcos Vendramini, sobre a importância do sistema Tietê-Paraná.

 

 

Hidroanel em São Paulo

Depois do rodoanel e ferroanel, São Paulo tem projeto agora para criar um hidroanel. Em fase ainda de estudos, ele terá 170 km destinados ao transporte de cargas na região metropolitana de São Paulo.
O trajeto inclui passagem pelos rios Tietê e Pinheiros, além da represa Billings. Um adicional de cerca de 30 km de vias navegáveis, e a construção de um canal artificial interligando a represa ao reservatório Taiaçupeba estão contemplados no projeto.
De acordo com o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, somente o rio Tietê possui 41 km navegáveis, com início na barragem de Edgard de Souza (Santana de Parnaíba), passando pela eclusa sob o Cebolão e finalizando na barragem da Penha (São Paulo). Na Penha está prevista a construção de uma eclusa que acrescentará mais 14 km ao trecho navegável, totalizando 56 km.
Basicamente, o transporte de cargas na hidrovia se concentraria em seu início em sedimentos de dragagem de canais e lagos, lixo urbano, entulho, iodo de estações de tratamento, insumos da construção civil e resíduos sólidos diversos.

Fonte: Padrão


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