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De acordo com o secretário de finanças da Região Admistrativa Especial de Hong Kong, John Tsang, o governo local estima que os investimentos de capital atinjam US$ 6,3 bilhões, no ano fiscal 2010-11, e mantenham esse nível até a conclusão dos megaprojetos em fase de estudos ou início de obras. Entre estes estão um novo aeroporto, o contorno rodoviário Lok Ma Chau, o distrito cultural West Kowloon, um ramal de 7 km do metrô de Hong Kong.
Esses projetos já pressionam o mercado local de mão de obra e de materiais. O vergalhão de aço experimentou uma alta de 6 a 10%, comparado a março passado.
Japão e Índia constroem corredor multimodal
O corredor industrial multimodal Delhi-Mumbai, orçado em US$ 90 bilhões, fruto de um acordo de cooperação entre Japão e Índia, deve ter suas obras iniciadas no final deste ano e concluídas em 2018. O projeto engloba nove zonas industriais de cerca de 250 km2, uma ferrovia de alta velocidade para cargas, três portos, seis aeroportos, uma rodovia expressa de seis faixas e uma usina elétrica de 4 mil MW. Vinte e quatro localidades serão transformadas em pólos residenciais e industriais, de acordo com o Ministro do Comercio, Anand Sharma.
Os dois países criaram um fundo de desenvolvimento para financiar estudos de viabilidade. Na primeira fase, estão previstas sete ecocidades, cada uma exigindo cerca de US$ 10 bilhões em recursos. Será formada uma empresa específica para cada cidade, visando à captação de recursos públicos e privados. A ecocidade adota o modelo japonês no qual todo rejeito industrial é reaproveitado, de modo que a emissão é zero.
As regiões contrataram consultorias especializadas. A Scott Wilson Group inglesa será a consultora do plano diretor; Halcrow , de Lodres, vai cuidar das regiões de Gujarat e Uttar Pradesh; Lea Associates, de Los Angeles, ficou com Madhya Pradesh; Jurong Consultants, da Índia, responderá por Haryana; Aecom vai servir de consultor a Maharashtra e a área industrial Dighi Port; e a Kuipercompagnons holandesa vai trabalhar com Rajasthan. O governo central vai liberar recursos na medida do progresso alcançado nos projetos.
Frota de dragas converge para Louisiana
Para construir uma barreira física para deter o óleo que continua escapando do poço da BP, no Golfo do México, a empreiteira Shaw Group está buscando dragas pelo território americano – serão necessárias sete embarcações com lança escavadora para extrair material no leito marinho, cinco barcaças de transporte e uma dúzia de barcos de apoio.
A obra emergencial tem 60 km de extensão – parte de uma barreira a ser construída é de 200 km, de mais de 2 m de altura -, na costa de Louisiana, na foz do Mississipi, interligando uma série de ilhotas para isolar os pântanos costeiros da mancha de petróleo que avança em direção à terra. A maioria das dragas trabalha para a Corps of Engineers do exército americano em outros projetos e locais e precisa ser liberada dos contratos em curso, antes de se deslocar para Louisiana.
Uma nova era ferroviária na Dinamarca
Para implementar a política verde de transportes anunciada em 2009, a Dinamarca prevê investir cerca de US$ 10 bilhões em ferrovias pesadas até 2020, incluindo uma linha de 60 km entre Copenhagen e Ringsted, que recentemente foi aprovada pelo parlamento, ao custo de US$ 1,6 bilhões; a linha de metrô Cityringen na capital; e diversos projetos VLT. Uma ligação ferroviária com a Alemanha, de 19 km, chamado Fehmambelt, também está previsto.
A modernização do controle e a sinalização do sistema ferroviário constituem o maior contrato em disputa na Europa. Serão substituídos os controles automáticos dos próprios trens, rádios, centros de controle, além de eliminar a sinalização física hoje existente. A metade dos atrasos de trens é atribuída a investimentos deficientes em controle e sinalização.
Em setembro passado, a estatal Banedanmark contratou consultores para o programa. Sob a liderança de Ramboll Group local, participam a empresa americana Parsons americana e a suíça Emch & Berger.
Fonte: Estadão