José Alberto Pereira Ribeiro*
Oaumento dos investimentos no setor de construção ajudou o País a crescer a taxas mais elevadas e a superar, com facilidade, a crise financeira internacional de grandes proporções, ocorrida em 2009. A prioridade que o governo conferiu aos investimentos em infraestrutura e na construção pesada revelou-se o caminho certo e de bons resultados para a economia. |
Contudo, este crescimento inusitado dos investimentos expôs também alguns problemas graves que precisam ser corrigidos para que possamos melhorar o desempenho de nossa economia e gerar mais empregos.
Na infraestrutura de transporte – rodovias, ferrovias e hidrovias – o crescimento dos investimentos foram elevados. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) investia, há dez anos, cerca de R$ 1,3 bilhão/ano.
Durante mais de 10 anos, o Brasil contava apenas com esse limitado investimento anual. Em consequência, a malha rodoviária estava praticamente acabando. Nos últimos quatro anos, porém, os investimentos do órgão chegaram ao patamar de R$ 12 bilhões/ano. Contribuiu decisivamente para isso a criação da Cide-Combustível, modelo que veio a atender a todos os modais da infraestrutura.
Conforme assinalei em artigo anterior aqui em O Empreiteiro, o Brasil todo sabe que não é possível, hoje, crescer com altas taxas sem uma estrutura adequada para escoar a produção de modo a se atender ao mercado interno e a exportação. O Brasil tornou-se um grande exportador, com uma receita superior a US$ 200 bilhões/ano. Tornamo-nos, assim, uma grande atração econômica no mundo e o segundo polo de investimentos depois da China.
Temos uma oportunidade rara de construir uma sociedade mais rica e justa. Mas, para isso, é necessário que continuemos a investir firmemente na infraestrutura. A nossa Nação, que é um continente, merece esse esforço de toda a sociedade.
*José Alberto Pereira Ribeiro é presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor)
Fonte: Estadão