No segmento de rodovias, quando em dezembro de 2002 inaugurou-se a segunda pista da Imigrantes, na ligação da capital paulista com a Baixada Santista, a engenharia brasileira havia realizado vários feitos.
A pista representou a execução de 21 km de estradas, vencendo trecho íngreme da Serra do Mar. Ao longo desta extensão, há 8,23 km de túneis (três) e 4,27 km de viadutos (nove), sequenciados num declive de 730 m.
Os projetos deveriam casar, de forma harmônica, com a natureza quase intacta ao longo do traçado. A distância entre os pilares dos viadutos, que na primeira pista era da ordem de 40 m, nesta obra ele alcançou 90 m. Com isto houve menos interferência no meio ambiente, ao mesmo tempo em que se obtinha maior leveza nas estruturas.
Maiores vãos, menos interferência no meio ambiente
Ainda na parte ambiental, houve a preocupação com a implantação de estações de tratamento de água, a fim de que as águas e os líquidos poluídos ou poluidores, derramados nas pistas e captados através de tubos dispostos ao longo do percurso e descarregados em caixas de coleta colocadas em cada boca de túnel ou viaduto, não entrassem em contato com a densa Mata Atlântica ali presente.
A tecnologia aplicada nas obras permitiu reduzir em 40 vezes a necessidade do sacrifício de árvores, em relação à primeira pista da Imigrantes. Um exemplo: se na construção da pista anterior houve 1.600 ha de desmatamento, nesta obra a área atingida foi da ordem de apenas 40 ha.
Fonte: Revista O Empreiteiro