Ilso José de Oliveira
A economia brasileira passa por uma profunda crise e, neste contexto, o setor de engenharia e construção é um dos mais comprometidos. Isto porque, na medida em que a economia não vai bem, há corte nos investimentos, que são os principais geradores de oportunidades de trabalho para empresas que atuam no segmento de engenharia, construção e montagem.
Entretanto, esse horizonte está começando a apresentar sinais de melhora, e tudo indica que teremos nos próximos anos, a partir de meados de 2017, um crescimento no nível de atividades. Durante a recuperação do setor de engenharia, construção e montagem, é provável que haja uma alteração na proporção de contratações, com possível redução no volume de investimentos do setor público e um incremento nos investimentos privados. Essa probabilidade deve ocorrer em função do programa de concessões e PPPs, anunciado pelos governos estaduais e federal, para o setor de infraestrutura, diga-se de passagem de fundamental importância para o desenvolvimento.
A infraestrutura, que ainda é muito deficiente e passou por um longo período de carência de investimentos, necessita de melhorias urgentes para que o País atraia investimentos que retomem um ciclo de crescimento sustentável. Precisamos voltar as atenções para setores como, por exemplo, o de logística de transportes, que precisa de melhorias nos sistemas rodoviários, ferroviários, de portos e aeroportos.
Já se vê um importante movimento de companhias globais que traçam planos de se instalar no Brasil, aproveitando o espaço deixado por outras empresas no período da crise.
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Algumas delas já estão abrindo escritórios no País, outras buscam parcerias ou mesmo fusões e aquisições de empresas locais. Vejo o movimento dessas corporações como oportunidade, pois poderão representar um grande potencial de crescimento para as empresas brasileiras que optarem por focar nessa linha. Em uma associação bem formatada, cria-se uma relação ganha-ganha, uma vez que a empresa brasileira dispõe de um sólido conhecimento técnico e do ambiente, e a empresa estrangeira de tecnologias complementares e capital para investimento.
Apesar da empresa que dirijo, a Reta Engenharia, não atuar no setor público, no tocante às obras públicas, a Lei 8.666 é mais apropriada do que o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), embora, segundo especialistas, ela requeira aprimoramento dos controles para a sua correta aplicação e ajustes para se tornar mais atual e valorizar, sempre que possível, o quesito técnico das propostas.
No segmento de obras privadas, as contratações acontecem em conformidade com as diretrizes definidas pelas empresas contratantes mas, via de regra, os aspectos técnicos e a expertise em planejamento e gestão são mais valorizados, razão pela qual, na maioria das vezes, os projetos são implantados com mais sucesso.
Cabe ressaltar que nos últimos anos observou-se um crescimento no número de contratos rompidos, o que é um indicador de que também no setor privado contratantes e contratadas precisam aprimorar as relações contratuais para aumentar a eficácia das mesmas. Não há custo maior para o empreendedor que um projeto com deficiência na qualidade ou com atraso na conclusão.
A retomada do nível de atividade econômica, através da melhoria do sistema de infraestrutura é, sem dúvida, um caminho importante e que criará condições para que outros investimentos venham para o País. E, além disso, outro aspecto relevante que pode promover uma mudança de paradigma diante do novo cenário econômico é a valorização da engenharia com objetivo de viabilizar mais projetos.
É necessário tratar a engenharia como investimento, e não como custo. Faz-se necessário dedicar uma energia maior nas fases de engenharia e planejamento, buscando sempre conduzir este último de forma integrada, contribuindo para o sucesso do empreendimento. A sinergia entre as empresas é o que nós denominamos de gestão compartilhada, e é também a forma com a qual a Reta Engenharia tem se proposto a trabalhar.
Em 41 anos atuando no setor de construção industrial, dos quais 21 anos com a Reta Engenharia, trabalhando quase que na totalidade para o setor privado, tenho tido a oportunidade de atuar em importantes projetos e observado que aqueles empreendimentos que dedicam um esforço maior aos aspectos técnicos e de planejamento integrado, normalmente são projetos de sucesso.
No Brasil, as estatísticas mostram um histórico não muito satisfatório no quesito de implantação de projetos. Cerca de 40% deles enfrentam algum tipo de fracasso, seja quanto ao prazo, à qualidade ou ao custo. E isto é algo que vamos evoluir na medida em que melhorarmos a sinergia e, consequentemente, o nível de maturidade das empresas envolvidas.
Por fim, reforço que é preciso mais do que nunca debater, conversar e buscar uma relação de transparência entre contratantes e contratadas, em um esforço para viabilizar mais projetos.
Quanto mais projetos viabilizados, mais oportunidades de negócios surgirão para todas as empresas e maior será a geração de emprego e renda.
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Somente assim conseguiremos aproveitar o momento de retomada e possibilitar um crescimento consistente da engenharia brasileira.
Ilso José de Oliveira, presidente da Reta Engenharia
Fonte: Redação OE